Opinião | 26-12-2025 10:00

É muito importante questionar

É muito importante questionar
À margem
Em 2021, Manuel Valamatos apresentou projecto da nova ESTA no Tagusvalley - foto arquivo O MIRANTE

Tem sentido levantar no local próprio as questões que se referem ao desenvolvimento de um concelho ou de uma região quando as promessas são antigas e os investimentos demoram a concretizar-se.

Tem sentido levantar no local próprio as questões que se referem ao desenvolvimento de um concelho ou de uma região quando as promessas são antigas e os investimentos demoram a concretizar-se. Ainda mais quando sabemos que vivemos num país cada vez mais centralizado, sem políticas de apoio a quem decide sair do litoral ou da grande Lisboa e Porto. O futuro da ESTA não depende só de vontade política; depende também de trabalho político que é uma coisa bem diferente. Quando as instituições se viram de costas para os parceiros de proximidade, como é que esperam que sejam conhecidas fora de portas? Não raro a redacção de O MIRANTE recebe telefonemas de todo o país de pessoas a perguntarem sobre determinada empresa, pessoa ou instituição da região. É normal; em princípio temos obrigação de conhecer a região e informarmos com algum rigor. É imperdoável por isso que a região não crie laços de confiança e solidariedade entre empresas e instituições para que todos remem para o mesmo lado. "Nas costas dos outros vemos as nossas" é um bom ditado para fazer um ponto final parágrafo neste à margem. Faz cada vez menos sentido sermos uma grande região e não nos ajudarmos uns aos outros.

Atrair novos alunos para Escola Superior de Tecnologia de Abrantes é prioridade

Autarcas de Abrantes debateram estratégias para atingir a meta dos mil alunos anunciada pelo presidente da câmara para a nova Escola Superior de Tecnologia. Manuel Valamatos afirmou que a nova infraestrutura será determinante para reforçar a competitividade da escola.

A estratégia para o futuro da Escola Superior de Tecnologia de Abrantes (ESTA) marcou o debate político na discussão do orçamento municipal, com a vereadora Ana Oliveira (PSD) a levantar dúvidas sobre a estratégia do município em atrair alunos e responder ao tecido empresarial do concelho. O presidente da câmara, Manuel Valamatos, garantiu que a construção da nova escola é uma viragem estrutural depois de 25 anos de “promessas adiadas”.
Durante a reunião de 9 de Dezembro, a vereadora sublinhou que o partido não é contra a ESTA e frisou o apoio ao ensino superior em Abrantes, mas defendeu que é essencial alinhar os cursos com a realidade económica local e com as ofertas técnico-profissionais existentes no concelho, afirmando não existir uma estratégia clara para atingir a meta de mil alunos anunciada pelo presidente da câmara. “Qual é a nossa estratégia para atrairmos esses mil alunos e para garantir que o nosso tecido empresarial vai tirar partido dos que vêm para cá estudar? Porque é isso que precisamos para evoluir e sair deste marasmo em que nos encontramos há anos”, salientou.
Manuel Valamatos rejeitou a ideia de que Abrantes viva num “marasmo” e enquadrou as dificuldades da ESTA num problema mais amplo dos politécnicos do interior face à concorrência do litoral. O presidente explicou que a nova escola resulta de um processo do Politécnico de Tomar para aumentar a competitividade, lembrando que durante décadas se exigiu mais alunos e mais cursos sem existirem condições adequadas no edifício actual. Defendeu que a obra, já em curso, representa um “abanão” decisivo e permitirá exigir mais cursos e maior capacidade de atracção. “Isto já não é uma promessa, deixámos de ter promessas para termos uma obra estruturante e importantíssima, quer para Abrantes, quer para a região”, sublinhou. Manuel Valamatos reforçou que o município está a cumprir a sua parte ao concretizar uma obra prometida há 25 anos, defendendo que a nova ESTA será determinante para reforçar a competitividade de Abrantes no Ensino Superior.
Recorde-se que, no início do ano, o executivo municipal aprovou o lançamento do concurso para a construção da nova Escola Superior de Tecnologia de Abrantes, um investimento de 6,5 milhões de euros, com comparticipação comunitária de 85%. A obra será instalada no Tagusvalley – Parque de Ciência e Tecnologia de Abrantes, com um prazo de execução de 1.020 dias.

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