Opinião | 06-01-2022 19:15

Natal

P.N.Pimenta Braz

A Europa continua a insistir numa cruzada anticristã e autofágica, protagonizada por putativos intelectuais, emanados do esquerdismo anárquico pós-moderno, que já não disfarçam a clara intenção de desconstruir a sociedade ocidental, de modo a poder impor, “ad libitum”, o seu despotismo social e cultural. P.N. Pimenta Braz

Há cerca de um mês atrás soube-se da existência de um documento interno da Comissão Europeia, que preconizava que não se utilizasse mais a expressão “Feliz Natal”, de modo a respeitar as convicções religiosas de cada cidadão.

Claro que quem idealizou esse documento foi um conjunto de zelosos e borralhentos funcionários da Comissão que não professam qualquer religião. 

Sim, a Europa continua a insistir numa cruzada anticristã e autofágica, protagonizada por putativos intelectuais, emanados do esquerdismo anárquico pós-moderno, que já não disfarçam a clara intenção de desconstruir a sociedade ocidental, de modo a poder impor, “ad libitum”, o seu despotismo social e cultural. Embora não o possam confessar, já não visam a revolução económica, uma vez que necessitam de preservar o seu habitat. É que este apenas se poderá manter e medrar no seio do liberalismo económico.  Sem este, aquele extingue-se. Um habitat de bons empregos e de excelsos salários, que lhes permita continuar a berrar pelas ideologias de género, a desfrutar de bons restaurantes, de viagens a Londres e de adquirir “gadgets” da última geração. Essa coisa das revoluções seria o fim do seu modo de vida.

Destarte, vão desconstruindo, mas aproveitando, hipocritamente, tudo o que o sistema que dizem detestar lhes vai proporcionando. Ora, acabar com o Natal, seria – e será – mais um objectivo na tomada do poder social e cultural. Todavia, porque hipócritas, acabariam com o Natal, mas mantinham os seus resquícios consumistas, salvaguardando assim tudo aquilo que lhes mantivesse o bem-estar: feriados, descanso e alienação. Se coerentes, deveriam propor o fim de todos os feriados cristãos. 

A transformação do Natal em “Boas Festas” é um caminho aparentemente anódino a que os próprios cristãos vão, triste e cobardemente, aderindo. Quero recordar que a sociedade em que vivemos é moldada pelos valores cristãos que Jesus Cristo anunciou. A civilização ocidental, com todos os seus pecadilhos – e que são muitos – é uma civilização cristã – em muitos países já não confessional -, fruto de uma história de gente pecadora, de Igrejas Cristãs pecadoras, mas onde se vive a palavra liberdade como em mais nenhum outro local do globo terrestre.

Liberdade – pilar que nos sustenta e nos qualifica – inserida nas raízes dos valores cristãos, onde cada um pode professar livremente a sua religião. Descaracterizar aqueles valores, é matar a liberdade. São precisamente os países ocidentais de matriz cristã os únicos onde todas as religiões podem coexistir livremente. E é assim que temos de continuar: livres e abertos a todos os migrantes, de todas as cores, cheiros, culturas e religiões.

Os paladinos da apócrifa liberdade caviar, são os mesmos que se remetem ao silêncio quando o Pe. Comboniano Christian Carlasse, nomeado Bispo de Rumbek no Sudão, é baleado nas pernas devido à sua religião; ou quando os Cristãos são assassinados, perseguidos e proibidos em vários países do mundo. Silêncio daqueles que pretendem desconstruir a história e impor o seu açaime.

A palavra Natal deriva do latim natalis, que provém do verbo nāscor, nāsceris, nāscī, nātus sum, que significa nascer. A palavra Christmas, do inglês, evoluiu de Christes maesse (“Christ’s mass”) que significa missa de Cristo. Já a palavra alemã Weihnachten é nórdica/ germânica antiga: “wihe nah” (noite consagrada ou sagrada).

Ou seja, não há como fugir. Natal é mesmo a celebração do nascimento de Jesus de Nazaré, que para mim é Cristo, meu Salvador.

Um Santo e Feliz Natal para todos.

P.N. Pimenta Braz

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