António Rodrigues renuncia à liderança do PS de Torres Novas

Este é mais um sinal das divisões internas entre os socialistas torrejanos, numa altura em que se começam a preparar as autárquicas de 2017.
O presidente da comissão política concelhia do Partido Socialista de Torres Novas, António Rodrigues, renunciou ao cargo na reunião realizada no dia 29 de Novembro. Esse foi mais um sinal das divergências que grassam no PS local, nomeadamente entre Rodrigues e o actual presidente da câmara e camarada de partido, Pedro Ferreira, que foi durante alguns anos número dois de Rodrigues no município torrejano.
Na cidade tem circulado o rumor, nunca confirmado ou desmentido por António Rodrigues, de que este teria aspirações a ser o candidato do PS à presidência da Câmara de Torres Novas em 2017. Como a estrutura nacional do PS já confirmou o apoio à recandidatura de Pedro Ferreira, que deve ser indicado em breve pela concelhia como cabeça de lista, Rodrigues ficou sem espaço no partido para uma eventual candidatura.
Segundo um membro da concelhia do PS de Torres Novas que esteve presente na reunião de terça-feira, em meados de Outubro António Rodrigues tinha informado a comissão política concelhia que até final de Novembro esse órgão haveria de reunir para proceder à escolha do cabeça de lista do PS às autárquicas de 2017. Contudo, a reunião de terça-feira serviu apenas para António Rodrigues apresentar a renúncia ao cargo.
“Depois de ter estado três anos à frente da concelhia do PS de Torres Novas, mas em constante colisão com os eleitos pelo PS no executivo municipal, António Rodrigues deixa a liderança da concelhia do PS de Torres Novas numa altura em que o partido tem de fazer a escolha do seu candidato autárquico”, critica a mesma fonte.
Quem não se mostra muito preocupado com estes desenvolvimentos é o presidente da Câmara de Torres Novas, que desvaloriza as divergências e até a possibilidade de Rodrigues poder avançar com uma candidatura independente. “Esta situação não é assim tão surpreendente, pois já havia muitos sinais ao longo dos últimos anos. Vivemos em democracia e quem se mete nestas andanças tem que estar preparado para tudo”, diz Pedro Ferreira.
* Notícia completa na edição semanal de O MIRANTE.