Política | 27-02-2018 18:59

Câmara tenta minimizar danos causados pela RPP Solar

Câmara tenta minimizar danos causados pela RPP Solar
ABRANTES
Foto O MIRANTE - Imagem de uma visita aos terrenos da RPP Solar. Maria do Céu Albuquerque (à direita), com a então governadora civil Sónia Sanfona, o então presidente da câmara Nelson Carvalho e o empresário Alexandre Alves (à esquerda).

Município pediu arresto de bens da empresa e diz que já foram vendidos alguns terrenos, cuja receita reverteu para os cofres da autarquia.

A Câmara de Abrantes avançou com uma providência cautelar para o arresto dos bens da empresa RPP Solar, que em tempos projectou a criação de um parque industrial dedicado às energias renováveis na freguesia de Concavada, numa área vendida pela autarquia a preço simbólico. Já foram vendidos, inclusivamente, alguns terrenos na zona para onde estava previsto o complexo, cujo valor reverteu para os cofres municipais.

A informação foi dada pela presidente da Câmara de Abrantes, Maria do Céu Albuquerque (PS), na última sessão da assembleia municipal, em resposta a uma intervenção da eleita do PSD Fernanda Aparício. A social-democrata questionou a presidente sobre o ponto da situação do processo do município contra a empresa RPP Solar e disse que o valor investido pela câmara com vista à instalação da empresa - cerca de um milhão e 100 mil euros dados pelo terreno - nunca vai ser recuperado porque os interesses do município não foram acautelados.

Maria do Céu Albuquerque respondeu que se o processo foi mal conduzido a assembleia também teve culpa porque aprovou o investimento. A autarca adiantou que o processo já teve agendada uma audiência prévia para Março de 2017, que foi desmarcada pelo juíz. Entretanto a câmara avançou com uma providência cautelar para arresto dos bens da empresa, mas como os bens da RPP Solar se resumem ao terreno, e a empresa tem muitas dívidas, vai ser difícil à autarquia reaver o investimento total feito pelo município.

Quando foi anunciado publicamente, em 2009, o projecto da RPP Solar, empresa liderada por Alexandre Alves, previa começar a produzir painéis foto-voltaicos logo em Janeiro de 2010. O município de Abrantes, na altura presidido por Nelson Carvalho (PS), adquiriu um terreno na freguesia da Concavada por um milhão e 100 mil euros e vendeu-o à empresa por uma décima parte desse valor, nunca tendo recebido o dinheiro. O que deu origem a um processo em tribunal. A intenção, na altura, era viabilizar a implantação dessa indústria no concelho mas a forma como foi desenvolvido o processo suscitou muitas dúvidas e críticas.

Notícia mais detalhada na próxima edição semanal de O MIRANTE.

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