Alpiarça renegocia empréstimo e fica com folga financeira para obras
Aprovada transferência de três milhões para outro banco com maior prazo e menos custos
A Câmara de Alpiarça já deve ter em Janeiro um novo contrato para pagar a metade que falta do empréstimo de seis milhões de euros, que tinha pedido ao Santander para fazer o saneamento financeiro do município.
A proposta de transferir a dívida de cerca de três milhões que falta pagar para o BPI, que faz melhores condições, foi aprovada na última assembleia com o voto útil do eleito do PSD, Armindo Batata, que garantiu que houvesse mais de metade dos votos a favor.
Os sete eleitos do PS abstiveram-se, o que neste caso, como refere o presidente da câmara, Mário Pereira, contava como votos contra porque era necessária uma maioria absoluta de votos favoráveis.
A autarquia estava a pagar o empréstimo com um spread (margem de lucro do banco) de 3,50 e com a negociação com o BPI conseguiu uma taxa de 1,25 e estender o prazo de pagamento de quatro anos que restavam para doze anos. Situação que permite que a autarquia fique com uma folga financeira de cerca de 500 mil euros anuais.
Dinheiro que é importante para o município fazer investimentos que estão programados, como a requalificação do mercado municipal e as obras na Escola EB 2/3 e Secundária de José Relvas, a substituição da iluminação pública e avançar com dinheiro para a construção do quartel da GNR, que posteriormente será paga pelo Estado.
Com a aprovação da assembleia municipal, segue-se a formalização do contrato com o banco e depois este ainda tem de ser submetido a visto do Tribunal de Contas.