Veiga Maltez aproveitou a pandemia para afastar público das reuniões do executivo
A lei diz que os municípios têm de fazer no mínimo uma reunião do executivo aberta ao público, mas na Golegã o presidente Veiga Maltez nem faz sessões presenciais com presença de munícipes nem as quer transmitir online.
A Câmara da Golegã não está a cumprir a lei que obriga a ter, no mínimo, uma reunião pública do executivo por mês. Após a última sessão do executivo, no dia 12 de Novembro, O MIRANTE questionou o presidente do município, José Veiga Maltez, que desvalorizou a situação e desculpou-se com a falta de interesse dos munícipes. “Qual é o benefício de assistirem, se depois não intervêm? Nunca ninguém vem às reuniões de câmara”, justifica.
Em situação de pandemia, decidiu-se que as autarquias devem disponibilizar as reuniões de câmara em meios eletrónicos, como fazem todas as autarquias que não estão a fazer reuniões presenciais. Mas Veiga Maltez também não está muito preocupado com isso e mantém a posição de manter as reuniões fechadas ao público, ignorando a lei. “Nós não temos essa necessidade de colocar a reunião online. Todos os dias os munícipes contactam os serviços da câmara com questões. Chegamos até eles de outras formas”. O vereador da CDU, Luís Santana Júlio, contraria o presidente, dizendo que antes da pandemia os munícipes da Golegã estavam presentes com bastante regularidade nas reuniões de câmara públicas, com uma intervenção activa. O autarca da oposição diz não perceber o motivo de não se fazer reuniões online abertas ao público, tendo em conta que antes havia interesse da população em querer participar. Apesar de a informação ser disponibilizada através das actas e dos editais, Luís Santana Júlio diz que a verdadeira informação acaba por ficar limitada. O vereador vai propor ao presidente a emissão das reuniões de forma online.