Política | 05-12-2022 21:00

Manuel Valamatos confiante que vai haver protecção social dos trabalhadores da central do Pego

Manuel Valamatos confiante que vai haver protecção social dos trabalhadores da central do Pego
Presidente da Câmara de Abrantes defende que a central a carvão deveria ter operado mais dois anos para evitar um hiato de produção até à chegada da energia renovável em 2025

Presidente da Câmara de Abrantes diz que timing do encerramento da central a carvão do pego é “discutível”, no entanto era “necessário”. Manuel Valamatos está confiante que o Governo vai cumprir a promessa de proteger os trabalhadores.

O presidente da Câmara de Abrantes diz que o fecho da central a carvão do Pego foi precipitado mas manifesta confiança nas oportunidades da transição justa e na “confirmação”, dada pelo Governo, de continuidade da protecção social dos trabalhadores.
“Sabemos que, através do Fundo Ambiental, todos os trabalhadores continuaram a receber os seus vencimentos e estão a fazer formação e que esse processo vai continuar no ano de 2023. Esta segunda vaga de trabalhadores que vão agora deixar de trabalhar na central a carvão também irão ter essa metodologia”, assegurou Manuel Jorge Valamatos, em entrevista à Lusa, a propósito da passagem de um ano sobre o fecho da central a carvão.
O fim da laboração na central afectou cerca de 150 postos de trabalho directos e indirectos. Depois de várias saídas, inclusive por acordos ou despedimento colectivo, há cerca de 20 funcionários ainda em funções na infraestrutura e com contrato até Dezembro e perto de meia centena de antigos trabalhadores actualmente em formação, na expectativa de retomar funções.
Com o final do ano a aproximar-se e sem a garantia pública do Governo da continuidade dos apoios o autarca pediu esclarecimentos ao ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro. Foi na sequência deste contacto que anunciou que “todos aqueles que ficarem desempregados irão ter apoio nos seus vencimentos, de acordo com aquilo que era o vencimento que recebiam na central e irão ter formação”, adiantou. Além disso, o autarca disse ser expectável que possam ser integrados no projecto da Endesa, que ganhou o concurso para o ponto de ligação à rede eléctrica, com um projecto de 600 milhões de euros.
No seu entender, a central deveria ter continuado em funcionamento por mais um ou dois anos: “se assim fosse, haveria um menor hiato de tempo entre o final da produção a carvão e o início da nova produção de energia, apontada para 2025”, explicou, acrescentando que manter a produção por mais um ou dois anos teria permitido que a comunidade fosse menos afectada.
“A questão do carvão e o encerramento do carvão, pelas questões da exigência do planeta e das questões ambientais, digamos que era um desígnio. O momento do encerramento do carvão seguramente poderá ser discutido, no entanto, nós temos de olhar para o futuro”, referiu, salientando que a região ribatejana está apostada em projectos de energia limpa e renovável.

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