Política | 16-12-2022 18:00

Orçamento de Ourém cresce impulsionado pela inflação

Luís Albuquerque, presidente da Câmara de Ourém
Luís Albuquerque, presidente da Câmara de Ourém

Município de Ourém prevê um investimento de 7,9 milhões de euros na área de comunicações e transportes em 2023

Município de Ourém prevê um investimento de 7,9 milhões de euros na área de comunicações e transportes em 2023, sendo a rubrica orçamental com maior peso, onde se inclui a requalificação da Estrada de Minde e a reposição de alguns equipamentos e estruturas municipais danificadas pelos fogos do último Verão. Oposição diz que o orçamento está cheio de projectos já anunciados noutros anos.

O executivo da Câmara de Ourém aprovou um orçamento de 56,5 milhões de euros para 2023, um aumento de 2,6 milhões de euros (4,8%) em relação a 2022. O presidente do município, o social-democrata Luís Albuquerque, justificou o aumento com a escalada dos preços da energia e a incerteza económica que se vive. “Em 2022 registámos um aumento de dois milhões de euros em encargos extraordinários com energia, por isso, temos que nos preparar para o que possa acontecer em 2023”, sublinhou. A exponencial subida do preço de custo dos materiais de construção, a imprevisibilidade de verbas vindas dos quadros comunitários de apoio e os valores associados à transferência de competências na área da Saúde e Educação são outros factores de incertezas apontados.
A Câmara de Ourém definiu cinco grandes objectivos para as Grandes Opções do Plano. A área de Comunicações e Transportes prevê um investimento de 7,9 milhões de euros, sendo a rubrica com maior peso, onde se inclui a requalificação da Estrada de Minde; reposição de alguns equipamentos e estruturas municipais danificadas pelos fogos florestais do último Verão; aquisição de dois autocarros eléctricos e a beneficiação de caminhos e estradas municipais em todo o concelho. Para a área da Habitação e Urbanismo está prevista uma verba de 6,8 milhões de euros que inclui a conclusão da requalificação da Rua Dr. Francisco Sá Carneiro; requalificação entre a rotunda das Freguesias e a rotunda dos Álamos, em Ourém; e o início da construção da Avenida Irmã Lúcia de Jesus, em Fátima.
Cerca de 6 milhões de euros vão para a construção da Área de Acolhimento Empresarial da Freixianda; melhoria da eficiência energética das Piscinas Municipais de Ourém; requalificação de Aljustrel e os sanitários públicos do Castelo de Ourém. Para a área a Educação estão previstos cerca de 5,7 milhões de euros para a construção do Centro Escolar de Atouguia; requalificação da Escola Básica dos 2º e 3º ciclos Cónego Dr. Manuel Lopes Perdigão, em Caxarias, entre outras despesas de apoio à família e a alunos carenciados.
Para 2023 está prevista ainda a construção do edifício multiusos de Caxarias, onde ficarão sediados o novo centro de saúde e a nova sede da junta de freguesia; aquisição de equipamentos informáticos e requalificação do actual terminal rodoviário que vai transformar-se na Loja do Cidadão de Ourém, caso haja financiamento europeu. Luís Albuquerque referiu também que o orçamento prevê 5,8 milhões de euros de apoios a terceiros, nomeadamente a freguesias, IPSS e associações do concelho.
A vereadora da oposição, Cília Seixo (PS), votou contra o orçamento e Grandes Opções do Plano justificando que este é um documento de “continuidade, de uma estratégia política assente na imagem e no anúncio sistemático de milhões de euros de obras e investimento que não saem do papel”, afirmou. A autarca acrescentou que se deveria apostar numa “verdadeira política social, que responda ao contexto de crise económica e dar uma folga fiscal aos oureenses em relação ao aumento dos impostos directos”, concluiu.

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