Política | 29-01-2023 20:37

Chega organizou Convenção em Santarém e André Ventura foi reeleito com 98% dos votos

Chega organizou Convenção em Santarém e André Ventura foi reeleito com 98% dos votos
André Ventura

O partido Chega organizou este fim de semana em Santarém a sua V Convenção Nacional; André Ventura foi reeleito presidente do partido. No discurso de encerramento o líder avisou que com o seu partido não haverá "geringonças" à direita e afirmou que o tempo de António Costa chegou ao fim.

André Ventura voltou a levantar a fasquia sobre o crescimento do Chega no discurso de encerramento de V Convenção Nacional; Ventura terminou a sua intervenção no tom habitual, a gritar, afirmando que “à medida que atacam e espezinham e chamam xenófobo e fascista ao Chega, mais o partido se fortalece”.
Para o líder do terceiro partido mais representado na Assembleia da República, não haverá linhas vermelhas capazes de parar o crescimento do partido; para enfatizar a expressão falou do Governo do PS “um partido que tem um antigo primeiro-ministro a ser julgado nos tribunais”, o que levou o auditório a gritar repetidamente “vergonha”.

Repetindo o que já tinha dito no discurso de abertura da Convenção, André Ventura reforçou a ideia de que o "Chega não nasceu para protestar, mas com o único objetivo de governar Portugal", adiantando ainda que “há metade dos portugueses a trabalharem e metade a viver de quem trabalha”. “Eles não gostam de ouvir, mas é a realidade e é para esses que temos de falar”., disse, acrescentando que “na rua as pessoas pedem-nos que sejamos a voz deles”, ideia que já vinha sublinhada do discurso inicial da Convenção.
Falando de hipocrisia lançou duros ataques aos partidos do regime, como o PS, o PSD e o PCP, afirmando que há uma “classe política privilegiada que reclamou para si todos os apoios e proteções judiciais”, e que “o PCP nunca pagou um cêntimo de IMI na vida. É esta hipocrisia que mata o sistema político português”, afirmou.
André Ventura não esqueceu os escândalos na TAP e usou a bandeira da ambição de servir Portugal para reafirmar que quer o " Chega a crescer para um dia formar um Governo em Portugal".

Convenção foi marcada pela ausência dos críticos

Os críticos de André Ventura não aparecem nesta convenção e até as moções apresentadas foram todas votadas favoravelmente. A excepção no segundo dia dos trabalhos foi uma moção para monitorizar conversas nas redes sociais do partido que acabou retirada antes de ser posta à votação. A proposta era da distrital de Aveiro, intitulada “Redes Sociais”, mas o seu proponente, Hugo Sousa, decidiu retirá-la. O texto pedia “a implementação imediata de controlo de grupos e páginas nas redes sociais” do Chega. Argumentava que era necessário “regular a presença do partido nas plataformas para garantir que as mensagens transmitidas sejam precisas e apropriadas”, servindo assim os “interesses reais” do partido; previa ainda “sanções” para quem não seguisse as regras.

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