Política | 01-02-2023 21:00

Câmara da Chamusca acusada de deixar apodrecer barco emprestado

Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça diz que o município da Chamusca não zelou pela embarcação avieira que lhe foi cedida por empréstimo e que se recusa a pagar a totalidade da reparação da bateira.

A AIDIA – Associação Independente para o Desenvolvimento Integrado de Alpiarça – reclama uma dívida da Câmara da Chamusca no valor de 800 euros por trabalhos a mais no restauro de uma embarcação típica avieira (bateira). Uma dívida que o município não reconhece. O caso remonta a 2015, quando a AIDIA e a Câmara da Chamusca acordaram realizar uma exposição de embarcações avieiras no Parque Municipal da Chamusca, integrado na Feira da Ascensão. No final da festa a embarcação foi colocada no estaleiro municipal, tendo a bateira acabado por se degradar com o passar do tempo.
Devido ao mau estado da bateira, em Junho de 2018, a AIDIA e a Câmara da Chamusca formalizaram um protocolo de colaboração financeira para restauro do barco, no valor de mil euros. Em contrapartida a Câmara da Chamusca poderia utilizar a embarcação típica avieira sempre que fosse necessário. Tanto a AIDIA como a Câmara da Chamusca trocam acusações sobre a responsabilidade da degradação do barco. O presidente da AIDIA denunciou a situação numa reunião de câmara de Alpiarça, no período destinado à intervenção do público. “O que o município da Chamusca está a fazer com a AIDIA não se faz. As pessoas devem ser tratadas com respeito. Deixaram apodrecer o barco que lhes emprestámos. Tivemos que ser nós a recuperá-lo e estão a dever-nos 800 euros há cerca de quatro anos”, afirma João Serrano.
No entanto, o presidente da Câmara da Chamusca responde a O MIRANTE que o município pagou a factura de mil euros pelo restauro da embarcação, emitida pela AIDIA. Paulo Queimado refere que em Março de 2021 o presidente da AIDIA “disse que o restauro estava concluído mas que o valor tinha sido superior ao inicialmente previsto” situando-se em mais 700 euros por trabalhos a mais e 100 euros de transporte. Um valor que a Câmara da Chamusca não aceitou nem pagou.
Na mesma reunião de câmara, João Serrano acusou ainda o presidente da Câmara da Chamusca de tratar a AIDIA com uma “indiferença enorme”. “Até se recusam a atender o telefone. É humilhante a AIDIA estar a ser tratada desta forma pela Câmara da Chamusca”, referiu João Serrano dirigindo-se à presidente do município de Alpiarça, Sónia Sanfona, que respondeu não poder fazer nada em relação ao assunto.

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