PS do Sardoal quer destituição do executivo de Santiago de Montalegre
Concelhia do Partido Socialista apresentou participação junto da Inspecção Geral de Finanças que pode levar à perda de mandato devido ao desvio de mais de 135 mil euros por parte de um ex-secretário.
A concelhia do Partido Socialista do Sardoal apresentou formalmente uma participação junto da IGF (Inspecção Geral de Finanças) relativa “ao desvio da totalidade dos meios financeiros da Junta de Freguesia de Santiago de Montalegre por um dos elementos do seu executivo”. A participação às autoridades dos elementos socialistas ocorre depois da detenção para interrogatório, a 14 de Dezembro de 2022, de Pedro Carreira, ex-secretário da junta, e de um empresário de Vila de Rei, por suspeita dos crimes de peculato e falsificação. Os suspeitos terão lesado os cofres da autarquia em mais de 135 mil euros.
O PS do Sardoal considera que, para além de toda a responsabilidade criminal que venha a ser apurada nesta investigação, importa que seja igualmente apurada a responsabilidade relativa ao exercício dos cargos políticos por parte dos restantes elementos do executivo nos mandatos abrangidos pelo período da investigação, de 2017 a 2022.
“São praticamente os mesmos, à excepção da actual tesoureira”, disse a O MIRANTE Pedro Duque, presidente da concelhia do PS. Com a participação apresentada na IGF, o também vereador da Câmara Municipal do Sardoal espera acelerar o processo de destituição do actual executivo de Santiago de Montalegre. “Quisemos extrair, em tempo, as consequências da acção inspectiva levada a cabo pela IGF”, contou Pedro Duque, referindo que supostamente a participação só seria feita depois da investigação da Polícia Judiciária estar concluída.