Política | 01-03-2023 16:36

Chega de Azambuja acusado de oportunismo ao sair em defesa dos professores

O Chega apresentou uma moção na Assembleia Municipal de Azambuja em solidariedade para com os professores que foi rejeitada. PS e CDU mostraram-se perplexos e acusaram o partido da direita de aproveitamento político.

A última sessão da Assembleia Municipal de Azambuja, na noite de terça-feira, 28 de Fevereiro, aqueceu quando o Chega apresentou uma moção em defesa das condições de trabalho e carreira dos professores e os eleitos da CDU e PS se mostraram "perplexos", acusando o partido fundado por André Ventura de "oportunismo político".

"No programa original deste partido defendia-se a extinção do Ministério da Educação e a privatização total do sistema de ensino português. [Esta moção] é um claro oportunismo político, uma obra de caridade mascarada, como já é hábito deste partido", disse a eleita da CDU Marta Diniz, depois de ter sido apresentada a moção de "apoio e solidariedade a todos os professores que estão mobilizados na esperança de conseguir um acordo que vá ao encontro das suas reivindicações". Também o eleito da CDU, David Mendes, mostrou surpresa perante o tema e conteúdo da moção uma vez que, disse, "o congelamento das carreiras, a mobilidade, a contratação de professores" não fazem parte do programa do Chega e dos seus princípios para a reforma do ensino.

Do lado do PS, Cláudia Gomes manifestou a sua "perplexidade" pela moção apresentada quando os eleitos do Chega, afirmou, têm atacado os funcionários públicos". O eleito do Chega Carlos Fonte, que foi quem leu a moção, voltou a pedir a palavra para se defender das críticas, mas de pouco ou nada valeu. José Navarro, do PSD, avisou que iria votar contra o que considerou ser "absolutamente ignóbil transformar uma causa nacional em bandeiras partidárias".

A moção, onde se lamenta a colocação de professores em locais distantes da sua residência sem ajudas de custo e o congelamento do tempo de serviço que "inviabiliza a progressão de carreiras" foi rejeitada com 21 votos contra, três abstenções e três votos a favor.

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