O município do Entroncamento tem cerca de meia centena de vagas no quadro de pessoal por preencher, das quais 13 são para assistentes técnicos. A denúncia foi feita pelo eleito do CDS/PP na última sessão da Assembleia Municipal do Entroncamento, que decorreu na noite de quinta-feira, 23 de Fevereiro. Pedro Gonçalves afirmou que as escolas do concelho não têm auxiliares de educação suficientes para acompanhar crianças com necessidades educativas especiais. “Uma auxiliar não consegue vigiar em condições cinco crianças com necessidades educativas especiais. Temos cada vez mais crianças nas nossas escolas com espectro do autismo e cegas. Não existe vontade política para melhorar esta situação. Se existem 50 cargos por preencher porque não são preenchidos. Estamos a negligenciar as nossas crianças”, lamentou.
A vice-presidente da Câmara do Entroncamento, Ilda Joaquim (PS), que substituiu o presidente Jorge Faria, ausente da sessão por motivos de saúde, justificou dizendo que o município tem pessoal não docente superior ao rácio que é pedido. “Considerando o aumento do número de alunos fomos aumentando o número de funcionários que podemos ter nas escolas. Os auxiliares chegam para todos os alunos do agrupamento de escolas”, afirmou. Pedro Gonçalves respondeu dizendo que os rácios existentes estão mal feitos.
Ilda Joaquim reforçou dizendo que, por lei, são obrigados a colocar no quadro de pessoal do município todos os lugares que se presume que possam vir a ser ocupados devido a mobilidades ou aposentações. “Esse valor tem que ser orçamentado, temos que fazer uma estatística. O número de vagas existentes não significa que seja necessário preencher de imediato”, sublinhou.