Câmara de Santarém aprovou as melhores contas em vinte anos
Presidente da Câmara de Santarém salienta que apesar da descida dos impostos municipais foi possível aumentar o investimento e reduzir a dívida da autarquia. PSD e PS, que têm um acordo de governação do município, salientaram o seu contributo para esse bom desempenho. O Chega não esteve na sessão.
O executivo da Câmara de Santarém aprovou na segunda-feira, 17 de Abril, as contas de 2022, que apresentam uma diminuição da dívida em 5,9 milhões de euros, para os 36 milhões de euros, tendo o presidente do município afirmado que são “as melhores contas” desde 2002, quando foi introduzido o Plano Oficial de Contabilidade das Autarquias Locais (POCAL).
O presidente do município, Ricardo Gonçalves (PSD), disse que as contas de 2022 devem “encher de orgulho”, por apresentarem os melhores rácios desde que entrou em vigor o POCAL, destacando que apesar da descida dos impostos municipais e do aumento do investimento, foi possível baixar a dívida, que, em 31 de Dezembro de 2022, se situava nos 36 milhões de euros, estando atualmente abaixo dos 34 milhões. “Podemos prosseguir a redução de impostos municipais e prosseguir o investimento”, disse, salientando que actualmente a capacidade de endividamento do município é de 23 milhões de euros.
Numa reunião em que esteve ausente o vereador eleito pelo Chega, Pedro Frazão, por estar a participar nas jornadas parlamentares do partido, em Évora, sem ter sido substituído, os documentos foram aprovados pelos eleitos do PSD (quatro) e do PS (quatro), partidos que celebraram um acordo de governação na sequência dos resultados das autárquicas de Setembro de 2021.
O vice-presidente da câmara e presidente da concelhia do PSD, João Teixeira Leite, disse que se hoje o município tem a capacidade de concretizar os seus sonhos porque tem havido uma “gestão rigorosa, capaz e eficiente dos dinheiros públicos”, referindo que “tem sido uma marca do PSD” ao longo dos últimos mandatos.
Para o vereador socialista Nuno Russo, os resultados de 2022 “já reflectem um ano de governação conjunta” e de “partilha de responsabilidades”, que permitiram alcançar a “trilogia” referida por Ricardo Gonçalves, de redução de impostos, investimento e continuação da redução da dívida.
O executivo aprovou, ainda, a proposta de aplicação dos 6,6 milhões de euros do saldo de 2022, 900 mil dos quais vão reforçar em 10% as verbas atribuídas às juntas de freguesia do concelho, através do aditamento ao contrato interadministrativo, igualmente aprovado na reunião de 17 de Abril.