Política | 21-04-2023 10:43

Torres Novas aprova contas com saldo positivo de 918 mil euros

Torres Novas aprova contas com saldo positivo de 918 mil euros

Presidente do município destacou a boa taxa de execução do plano de actividades do município que além do saldo positivo terminou o ano com uma capacidade de endividamento superior a um milhão de euros. A oposição absteve-se na votação.

O executivo da Câmara de Torres Novas aprovou, na reunião de terça-feira, 18 de Abril, os documentos de prestação de contas e relatório de gestão do exercício relativos a 2022 com um resultado líquido positivo de 918.917 euros e uma progressiva descida prevista no valor das amortizações de empréstimos, entre 2023 e 2027. Os documentos, que foram aprovados com os votos favoráveis do PS e as abstenções do PSD e do Movimento P'la Nossa Terra, vão seguir para apreciação da assembleia municipal.

O presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira, destacou que o plano de actividades teve uma taxa de execução de 92%, “o que é uma boa referência de execução”, e que foi concretizado 86,35% do valor total previsto em orçamento, no montante corrigido de mais de 40 milhões de euros. Em relação às receitas executadas, no valor de quase 37 milhões de euros- correspondendo 86% a receitas correntes e os outros 14% a receitas de capital- o autarca socialista confessou que gostava de “ter tido uma aceleração maior” mas que existiram condicionalismos devido ao tempo de demoram as análises a candidaturas e pedidos de pagamento.

Relativamente ao Plano Plurianual de Investimentos houve uma execução de 75% e comparativamente a 2021, o município arrecadou mais 2.429.310 euros. No respeitante a despesas executadas, num total de 34.658.087 euros, dos quais 65% correspondem a despesas correntes e 35% a despesas de capital, registou-se um aumento de 4.082.632 euros na despesa total, em relação ao ano anterior.


Pedro Ferreira salientou algumas obras já concluídas ou em vias de serem inauguradas que espelham a despesa de capital e o número de candidaturas aprovadas como as obras no Centro Escolar de Santa Maria e na Escola Maria Lamas, a USF Vila Cardilium, o gabinete medico veterinário, as obras da ciclovia e da Central do Caldeirão, a conclusão da empreitada no Convento do Carmo, a obra de requalificação do Almonda Parque e a construção da Loja do Cidadão que esta em vias de ser inaugurada. Os vários projectos aprovados em candidaturas a fundos comunitários totalizaram, em termos de aprovados, concluídos ou em curso, financiamentos num montante global contratualizado de 12.505.229 euros.

Em referência ao endividamento municipal, 2022 culminou com o “cumprimento do limite da dívida”, em termos de exigência legal, totalizando 11.027.909 euros. No entanto, tendo existido em 2022 a figura de limite da dívida, e face a alguns empréstimos excecionados, é legalmente apurado um valor diferente para o designado endividamento municipal, traduzindo-se num montante de 9.142.759 euros e terminando o ano de 2022 ainda com uma capacidade de endividamento de 1.589.227 euros.

O vereador do PSD Tiago Ferreira disse que deixaria a análise política mais detalhada para a assembleia municipal devido ao pouco tempo (três dias) que lhe foi dado para o analisar. Ainda assim considerou que só “foi possível alcançar o resultado positivo” pelo facto de a conjectura ter permitido mais cobrança de impostos municipais. Também António Rodrigues optou por não fazer uma análise extensa ao documento que ainda vai se apreciado em assembleia municipal, justificando o seu sentido de voto da seguinte forma: “Vou-me abster porque sinto que este executivo está a criar uma política de subsídios que se dão a entidades do concelho” e que podem, na sua opinião, vir a “hipotecar a boa governança” da autarquia.

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