Aumento da despesa prejudicou contas de Tomar em 2022
Assembleia Municipal de Tomar reprovou prestação de contas de 2022 com duras críticas à gestão socialista. Presidente da câmara justificou parte dos resultados com o aumento da despesa em vários sectores, mas rejeita que exista desequilíbrio.
O facto da Assembleia Municipal de Tomar ter reprovado a prestação de contas do município no exercício de 2022, com duras críticas, não vai mexer com as opções da maioria socialista na forma como tem gerido a autarquia. “Vamos continuar a insistir que este é o caminho, embora existam alertas e constrangimentos, mas não se pode dizer que estamos em desequilíbrio de maneira nenhuma”, afirmou a presidente da câmara, Anabela Freitas, em sessão camarária em resposta às tomadas de posição dos vereadores do PSD.
O município de Tomar concluiu o ano de 2022 com um resultado líquido positivo em 1,8 milhões de euros, sendo que o saldo de gerência que transita para 2023 é de 3,8 milhões. Para Anabela Freitas dois dos grandes factores que dificultam a actividade do município são as despesas, nomeadamente com os recursos humanos, aquisições de serviços e manutenção das taxas de isenção às associações.
Na assembleia municipal os eleitos criticaram a falta de investimento nas áreas da coesão e acção social e o facto da taxa de execução final se situar nos 59%. Na sessão camarária, os vereadores do PSD também foram duros nas palavras, afirmando que as taxas de execução são “miseráveis” e que há um gastar de verbas desnecessário. Os vereadores Tiago Carrão, Luís Francisco e Lurdes Ferromau Fernandes, falaram em “desequilíbrio orçamental” e numa maioria socialista que apresenta um “resultado sem alma e sem ambição (…)”.