Política | 04-06-2023 18:00

Presidente do município manda recados ao Governo na inauguração da Feira de Maio em Azambuja

Presidente do município manda recados ao Governo na inauguração da Feira de Maio em Azambuja
Ministra Ana Abrunhosa discursou durante a cerimónia de abertura da centenária Feira de Maio e ouviu alguns recados de Silvino Lúcio

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, esteve em Azambuja para a inauguração da Feira de Maio e foi muito aplaudida quando disse que “ninguém vai conseguir apagar” as tradições do Ribatejo assentes no toiro, no cavalo e no campino.

A ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, saiu em defesa das tradições e cultura ribatejana durante o seu discurso na cerimónia de inauguração da centenária Feira de Maio, que decorreu até segunda-feira, 29 de Maio, em Azambuja. Depois de afirmar que só se sabe o que é ser ribatejano sentindo e presenciando as suas tradições assentes na “trilogia cavalo, toiro e campino”, Ana Abrunhosa disse que a cultura de uma região não pode acabar.
“O cavalo, o toiro e o campino ninguém vai conseguir apagar da nossa cultura, ninguém. Não vamos deixar porque é matar um bocadinho do ser português. Ser português é nunca esquecer esses valores”, afirmou perante um forte aplauso da plateia presente na Praça do Município, na tarde de quinta-feira, 25 de Maio.
A ministra, que antes de subir ao púlpito assistiu ao espectáculo “Isto é Azambuja” que juntou em palco o fado, canções populares, danças sevilhanas e o fandango ribatejano, sublinhou ainda que Azambuja e o Ribatejo são “mais do que o cavalo, o toiro e o campino”. Ser de Azambuja, afirmou, “é ter alma, é ter música é ser fado e dança desde pequenino”.

Presidente do município aproveitou para mandar recados ao Governo
Momentos antes o presidente da Câmara de Azambuja, Silvino Lúcio (PS), destacou a “herança cultural” e “contributo para a auto-estima” e economia do concelho de que é representativa a Feira de Maio, sem deixar de aproveitar a presença da ministra da Coesão para mandar recados ao Governo sobre a transferência de competências da administração central para as autarquias.
“As autarquias são os órgãos mais próximos das populações. Não posso deixar de apelar que o Governo reforce os meios financeiros e a nossa capacidade de intervir. Só assim conseguiremos cumprir essas competências e melhorar a qualidade de vida dos nossos habitantes”, afirmou o socialista, acrescentando que “só com mais recursos e uma discriminação positiva”, concelhos de pequena e média dimensão como o de Azambuja, se sentirão “integrados num verdadeiro espírito de coesão de todo o território nacional”.

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