Continua incerteza sobre futuro de jardim de infância no Entroncamento
Jardim-de-Infância Sophia de Mello Breyner está encerrado desde 2021 e sem solução à vista. Oposição aos socialistas no executivo falam em sobrelotação de escolas e fuga de alunos para concelhos vizinhos.
Alguns meses depois, o impasse sobre o futuro do Jardim-de-Infância Sophia de Mello Breyner Andresen voltou a ser assunto entre os autarcas do Entroncamento. Recorde-se que os vereadores da oposição (três do PSD e um do Chega, agora independente) já chumbaram duas vezes a proposta socialista para demolir o jardim-de-infância, por defenderem que o espaço pode ser requalificado em vez de gastar dinheiro a demolir e fazer nova construção.
Na última reunião camarária, realizada a 22 de Novembro, o vereador Luís Forinho questionou o presidente Jorge Faria sobre o ponto de situação do jardim de infância. O autarca quis saber se há novas informações ou se estão a ser realizadas novas avaliações à estrutura, uma vez que considera injustificável a existência de uma sobrelotação das escolas do concelho, que faz com que muitos alunos sejam obrigados a recorrer a outros estabelecimentos de ensino de concelhos vizinhos.
Jorge Faria não se alongou nas explicações, afirmando apenas que o município se encontra a aguardar o desenrolar de novas situações e que, assim que haja desenvolvimentos, será agendada uma reunião para debater o assunto.
O assunto do jardim de infância dura desde Abril de 2021, quando Jorge Faria levou uma proposta para se avançar com a demolição do imóvel e ratificar o encerramento do jardim-de-infância. A cinco meses das eleições autárquicas Jorge Faria decidiu avançar com a demolição do edifício por existirem “demasiados constrangimentos para que a opção de reabilitação seja mais económica”, disse na altura. A Câmara do Entroncamento está disposta a gastar 2,1 milhões de euros na demolição e reconstrução do Jardim-de-Infância Sophia de Mello Breyner Andresen, apesar do relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) não considerar imprescindível essa opção radical e até abrir a porta a outras soluções.