Falta de acessibilidade nos Paços do Concelho de Tomar voltou à discussão
Presidente da Câmara de Tomar explicou que ainda não é possível avançar com a colocação de um elevador no edifício para pessoas com mobilidade reduzida. Autarcas da oposição voltaram a criticar falta de inclusão.
O tema da falta de acessibilidade para pessoas com mobilidade reduzida nos Paços do Concelho voltou a ser discutido pelo executivo municipal de Tomar. O vereador Luís Francisco (PSD), voltou a demonstrar preocupação com a falta de inclusão que, por exemplo, limita a participação de munícipes nas sessões públicas, nomeadamente em reuniões de câmara ou assembleias municipais.
Na última sessão camarária, realizada a 27 de Novembro, Hugo Cristóvão, presidente da Câmara de Tomar, explicou que, apesar de concordar com a visão do vereador, o edifício tem uma classificação em termos de património que dificulta a realização de intervenções que possibilitem o acesso a todos os cidadãos. O projecto para colocar um elevador existe, mas “não é possível no momento avançar” uma vez que inviabiliza três gabinetes onde estão postos de trabalho necessários, disse, acrescentando que a obra implicaria a alteração do funcionamento de todo o edifício, tornando-se muito dispendiosa. O autarca esclareceu ainda que, quando há necessidade, os atendimentos a cidadãos com mobilidade reduzida são realizados no rés-do-chão ou noutros edifícios do município.
Recorde-se que a primeira vez que este assunto foi discutido numa reunião de câmara foi em Abril deste ano, depois de uma queixa de um munícipe que, nas redes sociais, afirmou não assistir às sessões por não existir acessibilidades para pessoas com mobilidade reduzida no edifício dos Paços do Concelho. Já na altura, Hugo Cristóvão (PS), ainda como vice-presidente do município, afirmou ter noção que o edifício tem as suas características e “fragilidades, nomeadamente na questão da mobilidade”, recordando que é Património Nacional. “Existe um projecto elaborado, já desde o primeiro mandato desta governação, para fazer face a essas dificuldades, nomeadamente com a colocação de um elevador no interior do edifício, que permitisse o acesso ao primeiro e segundo piso da câmara”, explicou.