Miguel Borges refuta criticas sobre iluminação de Natal no Sardoal
Presidente da Junta de Freguesia do Sardoal, Miguel Alves, e a deputada Aida Baptista, não esconderam a indignação face à ausência de iluminação de Natal no concelho. Presidente da câmara assume que não faz parte do seu feitio tornar o Sardoal “numa feira popular” preferindo equilibrar investimentos.
Miguel Alves, presidente da Junta de Freguesia do Sardoal, questionou na assembleia municipal sobre a ausência de iluminação de Natal em determinados locais da vila, como a zona histórica, a Igreja da Misericórdia e a zona circundante da Igreja Matriz. Para Miguel Borges, presidente do município, a época natalícia deve ser assinalada de forma sóbria e sem demasiados enfeites. “Podíamos encher o concelho de cores e transformar o Sardoal numa feira popular ou num parque de diversões, mas não é o meu feitio. Esta época deve ser comemorada com a devida sobriedade” afirmou o autarca. Miguel Borges explicou ainda que a iluminação de Natal tem sido comprada de forma gradual pelo município, para evitar o excessivo preço do aluguer. “Há vários municípios que fazem um investimento enorme em luzes de Natal. Nós recusamo-nos a fazê-lo. Preferimos preparar a Semana Santa de maneira diferente e não tanto o Natal”, acrescentou.
A deputada Aida Baptista mostrou-se compreensiva face à escolha da iluminação branca e a aposta feita na Semana Santa, mas lamentou a abordagem de Miguel Borges ao assunto. “Apesar de concordar e compreender a argumentação, como deputada municipal não posso aceitar a ironia e a comparação da iluminação de Natal do concelho com uma feira popular ou parque de diversões. Visitei várias cidades no último mês com decorações muito bonitas e que em nada se pareciam com uma feira popular” disse.
O presidente respondeu, voltando a explicar que não se tratava de ironia mas de equilibrar as prioridades de investimento. “Não foi ironia. Também já vi decorações muito bonitas e outras que pareciam aberrações, no Natal vê-se de tudo. Há locais onde existe, por parte do comércio, apoio à compra da iluminação de Natal, o nosso concelho não tem. Acreditamos que é preferível ir comprando aos poucos do que recorrer a loucuras de investimentos”, concluiu.