Política | 18-02-2024 14:35

Três candidaturas vão hoje a votos na União de Freguesias de Alvega e Concavada

São as segundas eleições intercalares nessa união de freguesias do concelho de Abrantes, que tem vivido em instabilidade política desde 2021.

Três candidaturas apresentam-se hoje a votos nas eleições intercalares da Assembleia de Freguesia de Alvega e Concavada, no concelho de Abrantes, depois da renúncia ao mandato da maioria dos elementos do órgão autárquico. PSD, CDU (coligação PCP/PEV) e PS são, pela ordem do boletim de voto, as forças políticas concorrentes nas segundas intercalares desde as autárquicas de 2021. As mesas de voto estão abertas das 08h00 às 19h00 e, de acordo com uma fonte envolvida no processo eleitoral, há 1.638 eleitores inscritos.

Segundo o despacho de marcação do sufrágio, assinado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Carlos Miguel, as eleições são realizadas “face ao esgotamento da possibilidade de substituição dos membros da Assembleia de Freguesia que renunciaram ao respectivo mandato, quer dos eleitos pela lista mais votada, quer dos eleitos pela segunda lista mais votada”. Neste contexto, não se encontrava “em efectividade de funções a maioria do número legal de membros da Assembleia (cujo quórum é, em concreto, de cinco membros)”.

Os problemas de gestão da freguesia começaram logo após as autárquicas de Setembro de 2021, que o PS venceu por 23 votos de diferença, elegendo três elementos, tantos quantos o PSD, a segunda força política mais votada, e tantos quantos o BE. As três propostas apresentadas então pelo PS para formar um executivo foram chumbadas por BE e PSD, que acabaram por renunciar ao mandato e antecipar o cenário de novas eleições, confirmado em Janeiro de 2022 num despacho assinado pelo Governo.

Para essas eleições foi criado o Movimento Independente da União de Freguesias de Alvega e Concavada (MIUFAC), encabeçado por António Moutinho, que tinha concorrido pelo PSD em 2021. Nas intercalares apresentou-se com elementos das listas do PSD e do BE, partidos que abdicaram de candidaturas próprias. Em Março de 2022, o MIUFAC teve maioria absoluta, com 51,2% dos votos (481 votos do total dos 1.678 eleitores inscritos), contra 369 votos do PS (39,3%) e 79 votos da CDU (8,4%).

Os problemas, no entanto, não pararam, com vários membros do movimento de cidadãos a apresentarem a renúncia aos cargos e, em Agosto, os socialistas renunciaram também, em protesto pela “instabilidade política”.

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