Advogado Filipe Valente foi o escolhido para completar executivo da Junta de VFX
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Eleitos criticaram executivo socialista por terem sabido da convocação da assembleia de freguesia para eleger um novo elemento em primeira mão através de O MIRANTE. Filipe Valente disse aceitar o cargo de forma “totalmente descomprometida” e por amizade pessoal com o actual presidente da junta.
Com seis votos a favor, quatro contra e três abstenções o advogado Filipe Valente foi eleito na primeira semana de Março numa assembleia de freguesia extraordinária para integrar o executivo da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira sucedendo ao tesoureiro José Guerreiro que renunciou ao mandato em Fevereiro.
Filipe Valente aceitou o desafio de integrar o executivo por amizade pessoal ao actual presidente da junta, Ricardo Carvalho, e disse fazê-lo de forma “totalmente descomprometida”. O presidente, Ricardo Carvalho, lembrou que Filipe Valente “é uma pessoa com a qual não há nada a apontar, extraordinário em termos profissionais e uma das melhores pessoas que conheci na vida”. Ricardo Carvalho disse estar muito honrado por o ter ao seu lado nesta recta final do mandato.
Na discussão política que se seguiu Rute Pato Ferreira, da coligação Nova Geração (PSD/PPM/MPT), criticou o PS lembrando que as demissões já fazem parte da história do partido na junta de freguesia e que com a saída de José Guerreiro se assistiu à terceira demissão este mandato. “O que se está a passar para isto acontecer? O que está mal? Gostávamos de ajudar mas para isso precisávamos de saber. Já parecem maçãs maduras a cair”, criticou.
Também o independente Bruno Martins disse estar perante “uma tragédia cómica” e criticou um executivo que, considerou, “começou mal, teve um meio pior e agora está a ter um final terrível”, ironizando que está a ser “uma porta giratória para membros do executivo”. E João Conceição, da bancada da CDU, criticou as três renúncias ao mandato. “É um executivo de sobrevivência do PS para, até 2025, não deitar a toalha ao chão. Mas está à vista de todos que as desistências são evidentes, restam dois dos cinco eleitos que existiam”, criticou.
Na resposta Filipe Valente disse não ter gostado da forma como a assembleia discutiu a sua eleição para o cargo. “Tenho muita dificuldade em identificar-me com a política que se faz nesta assembleia e o defeito será certamente meu”, confessou. O presidente da junta, Ricardo Carvalho, lembrou que José Guerreiro renunciou ao cargo por motivos pessoais para prosseguir objectivos pessoais na sua carreira e lembrou todo o esforço feito para que a freguesia chegasse onde chegou.
Recorde-se que o tesoureiro do executivo, José Guerreiro, que estava na junta a meio tempo e conciliava essas funções com a sua vida profissional desde 2017, renunciou ao mandato e tornou-se no terceiro nome a abandonar o executivo socialista depois de João Santos (o presidente eleito em 2021) e Zilda Martins. No executivo vão manter-se Ricardo Carvalho, Sofia Lixa e Ana Rodrigues. O cargo de tesoureiro fica agora nas mãos de Mónica Ramos. A presidente da assembleia de freguesia, Madalena Lage, disse na assembleia ter ficado surpreendida por saber do agendamento da eleição de um novo eleito para o executivo através de O MIRANTE. “A assembleia ainda não estava convocada e a ordem de trabalhos ainda não estava consensualizada entre as bancadas. Este é o meu papel e não deve ser usurpado pelo presidente da junta”, criticou Madalena Lage.