Discursos do 25 de Abril em Azambuja entre críticas a quem governa e ameaças à democracia
CDU, BE e Chega focaram-se no panorama nacional. O PSD virou-se para o concelho e ficou com o discurso mais polémico da noite, acusando os socialistas de terem adoecido a democracia. O presidente do município prometeu dar resposta e a presidente da assembleia disse sentir-se ameaçada nos seus direitos.
A sessão solene do 25 de Abril em Azambuja ficou marcada por discursos que exaltaram os valores da liberdade e as conquistas de Abril, mas também por duras críticas ao executivo socialista que governa o município e à assembleia municipal presidida pelo mesmo partido. A presidente da assembleia, Vera Braz, a última da noite a discursar, optou por um discurso focado nas mulheres e nos seus direitos.
“Eu que sou presidente desta assembleia e incentivo outras a chegar onde só os homens tinham direito a chegar, nunca pensei chegar hoje e sentir-me ameaçada nos meus direitos. Sou livre, mulher (…) não aceito retrocessos, barreiras que desvirtuem as conquistas de Abril”, afirmou a socialista já nascida no pós 25 de Abril de 1974, realçando que as mulheres são as primeiras a ser “alvo de machismo, conservadorismo”, mas que continuaram a lutar pelos seus direitos.
O discurso mais incómodo coube à bancada dos sociais-democratas que, pela voz de José Navarro, teceram duras críticas aos socialistas que governam o executivo e aos lideram a assembleia municipal, órgão que tem a responsabilidade de fiscalizar mas que, neste caso, “consente pelo silêncio e pela renúncia a todas as políticas lesivas do executivo”. Além disso, vincou José Navarro, em Azambuja “os laços de parentesco e o cartão partidário são o melhor passaporte para aceder a lugares públicos gratificantes”.
*Notícia completa na próxima edição semanal de O MIRANTE