Política | 09-05-2024 10:00

Fernando Paulo responde à letra a munícipe que foi à reunião de câmara pedir casa

Fernando Paulo responde à letra a munícipe que foi à reunião de câmara pedir casa
Fernando Paulo Ferreira, presidente da Câmara de VFX

Cidadão foi à última reunião de câmara de Vila Franca de Xira pedir, em tom ameaçador, habitação social para famílias que vivem em barracas no Sobralinho. Presidente da autarquia manteve a postura e sugeriu ao munícipe que tem condições para trabalhar.

Os ânimos exaltaram-se na última reunião do executivo da Câmara de Vila Franca de Xira quando um cidadão foi pedir casa ao município mas não ficou satisfeito com a resposta dada pelo presidente da autarquia, Fernando Paulo Ferreira. O munícipe relatou que vive há 32 anos numa barraca no Sobralinho, sem água nem luz, com ratazanas, e quando chove ele e os filhos fazem as necessidades na rua. “Nunca ninguém nos visitou. Se nada for feito vamos fazer barulho, chamar a comunicação social e acampar à porta da câmara. São meia dúzia de pessoas que moram ali e estamos a sofrer. O concurso para habitação social é uma palhaçada”, disse.
Fernando Paulo Ferreira foi assertivo na resposta e mandou o munícipe trabalhar: “Tendo em conta a sua idade e capacidade física faz sentido que como complemento ou ao invés dos subsídios possa ingressar no mercado de trabalho, também estamos a ajudar nesse sentido. Não é possível que um jovem como você, com educação e capacidade, não trabalhe. Tem mesmo de trabalhar”.
O autarca explicou que o cidadão foi excluído do concurso para habitação social este ano porque ocupou ilegalmente uma habitação e, por isso, “os actos têm consequências”. Fernando Paulo acrescentou que o queixoso deve recorrer ao Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) até porque tem um agregado familiar com crianças. “À sua companheira foi dada abertura para fazer formação profissional. As pessoas para resolverem os seus problemas têm de dar passos simples, que é trabalhar e fazer formação, conto que faça isso porque ainda tem muito para contribuir para o país”, reforçou o autarca.
O munícipe levantou-se da cadeira e com o dedo no ar dirigiu-se ao presidente exigindo respostas e acusou-o de xenofobia. Fernando Paulo não vacilou mas interrompeu a reunião por momentos até o cidadão se ausentar. “Tem muita energia para falar mas com o nosso apoio tem também muita energia para trabalhar. Não se assuste com o trabalho porque toda a gente trabalha”, declarou.
Mais duas pessoas na mesma situação pediram habitação social. Uma munícipe disse que vive numa barraca em condições desumanas. Fernando Paulo explicou que a residente no concelho foi realojada com a mãe e por isso não se percebe porque está numa barraca. “Qualquer barraca que surja será deitada abaixo porque não é possível construir barracas provisórias no concelho. Se o seu agregado é a sua mãe é com ela que deve viver mas pode candidatar-se aos concursos para atribuição de habitação social”, concluiu.

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