Política | 12-05-2024 18:00

Campo Infante da Câmara: é preciso transformar a maqueta em realidade

Campo Infante da Câmara: é preciso transformar a maqueta em realidade
O presidente da Câmara de Santarém, Ricardo Gonçalves, o vice-presidente João Leite e a vereadora Beatriz Martins junto à maqueta do Campo Infante da Câmara

A requalificação e regeneração do Campo Infante da Câmara, no centro de Santarém, é falada há décadas. A Faculdade de Arquitectura de Lisboa apresentou a solução final para aquele espaço, propondo vários cenários. Autarcas reconhecem que agora é tempo de meter mãos à obra.

A proposta final da Faculdade de Arquitectura de Lisboa para mudar a face do Campo Infante da Câmara, no centro de Santarém, foi apresentada no Salão Imobiliário de Lisboa (SIL), onde o município escalabitano esteve mais uma vez representado. A intervenção naquele espaço nobre da cidade é falada há quase três décadas, desde que a Feira do Ribatejo foi transferida para o Centro Nacional de Exposições e Mercados Agrícolas (CNEMA), e o presidente da Câmara de Santarém espera que daqui a “dois ou três anos” se possa começar a ver obras no local.
Na apresentação da maqueta no SIL, no dia 2 de Maio, Ricardo Gonçalves referiu que é preciso agora “transformar essa solução consensual em realidade”, acrescentando “querer acreditar” que daqui a dois ou três anos se poderá começar a ver crescer algo de concreto naquela zona, como há muito é esperado pela população. A proposta é ambiciosa e envolve muitos milhões de euros, pelo que terá de ser concretizada por fases, sendo a primeira prevista a da plantação de árvores e criação de um espaço verde marcante. Obras mais pesadas, como a criação de uma grande praça central, o estacionamento e a eventual reconversão da praça de toiros num espaço multiusos serão das últimas a ser executadas, referiram os professores da Faculdade de Arquitectura de Lisboa que participaram na apresentação.
Excluído dos planos para o antigo campo da feira ficou definitivamente o polémico terminal rodoviário que se vaticinou ali instalar, ainda que provisoriamente. A contestação oriunda de vários quadrantes obrigou a mudança de planos. A actual solução é consensual entre as várias forças políticas e decorre de um processo desencadeado em 2018 pela Assembleia Municipal de Santarém.
O vice-presidente do município, João Teixeira Leite (PSD), deixou também o seu compromisso de que irão fazer tudo o que estiver ao seu alcance para que, através de financiamento de fundos comunitários e eventualmente de privados, se possa finalmente dar uma nova face ao Campo Infante da Câmara.
O ‘masterplan’ apresentado pelos professores da Faculdade de Arquitectura de Lisboa aponta uma série de cenários, como a construção de um fórum multiusos, de espaços verdes, de recintos polidesportivos, a ampliação do Centro Escolar do Sacapeito e a criação de miradouros, entre outras intervenções numa zona da cidade com grande carga histórica, onde até meados da década de 1990 decorreu a Feira Nacional de Agricultura/Feira do Ribatejo. Desde daí, muitas têm sido as ideias, projectos, reuniões e promessas para uma área com quase 10 hectares que tem sido objecto de intervenções avulsas, como a requalificação ou demolição de antigos edifícios ou o asfaltamento de grande parte do piso. É nesse espaço que se realizam eventos marcantes como o Festival Nacional de Gastronomia e as Festas de São José e onde se situam as emblemáticas Casa do Campino e Monumental Celestino Graça.

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