Política | 27-05-2024 15:00

Oposição critica baixa execução da Câmara de Benavente em 2023

Oposição critica baixa execução da Câmara de Benavente em 2023
Contas do executivo foram aprovadas pela Assembleia Municipal de Benavente mas com criticas da oposição

Contas de 2023 da Câmara de Benavente foram aprovadas em assembleia municipal mas a oposição deixou críticas ao saldo negativo de 280 mil euros e à baixa execução orçamental, com algumas obras previstas a não avançarem.

A Câmara Municipal de Benavente apresentou a prestação de contas do ano 2023 à assembleia municipal. Os documentos foram aprovados por maioria com votos a favor da CDU, abstenções do PS, Chega e vereador independente e votos contra do PSD. No ano passado a autarquia teve uma receita de mais de 37 milhões e 110 mil euros e uma despesa superior a 29 milhões de euros.
As contas deram um resultado negativo líquido de cerca de 280 mil euros justificado pelo presidente do município, Carlos Coutinho, com um aumento das despesas com combustíveis, aumento dos custos de energia, aumento dos salários pagos aos trabalhadores, entre outros factores. Mais de três milhões e meio de euros correspondem a empreitadas que estavam no orçamento de 2023 e que não foram adjudicadas, como é o caso do museu municipal, requalificação do troço na Estrada Nacional 118-1 em Santo Estêvão, a requalificação na envolvente aoTribunal de Benavente, entre outras obras.
Em resposta ao eleito do Chega, Paulo Cardoso, o presidente da câmara disse que as dívidas não cobradas apresentaram também uma “grandeza significativa” e que estão relacionadas com o incumprimento do protocolo assinado com a IP, que corre trâmites no Tribunal Administrativo de Leiria, dívidas das famílias com as refeições escolares, dívidas na taxa de cobrança de resíduos sólidos urbanos, que vem na factura emitida pela Águas do Ribatejo e dívidas de rendas de habitação social. O autarca deixou a possibilidade de algumas destas dívidas avançarem para uma cobrança coerciva.
“Não se faz nada novo”
António Rabaça, eleito do PS, considera que uma câmara não pode dar prejuízo e sublinha que algumas rubricas aumentaram um milhão de euros em relação ao ano de 2022. O social-democrata Armando Almeida criticou as contas dizendo que os números são praticamente iguais aos do ano anterior, com despesas de capital abaixo dos 60%. “Passámos o ano a falar em reformas, remodelação, refazer, mas não se faz nada novo. Não há crescimento nem investimento”, afirmou. Ricardo Oliveira (PSD) reforçou que a ano e meio do final de mandato a CDU mostra fraco investimento, baixas execuções orçamentais e dinheiro público mal aplicado.
“O meu ciclo terminou e quem os define é a população. Traga cá um município que tenha taxas de crescimento nos últimos dez anos idênticas ao nosso em volume de negócios e nas exportações”, rematou Carlos Coutinho.

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