Política | 01-06-2024 18:00

Inês Barroso: “estou com muita honra deputada mas sou orgulhosamente professora”

Inês Barroso: “estou com muita honra deputada mas sou orgulhosamente professora”
Inês Barroso, deputada à Assembleia da República. fotoDR

Deputada eleita pelo círculo de Santarém, Inês Barroso, interveio no Parlamento para deixar duras críticas à anterior gestão socialista e destacar o acordo histórico celebrado entre o actual Governo e os sindicatos de professores.

A deputada Inês Barroso, eleita pelo círculo de Santarém à Assembleia da República, protagonizou uma intervenção muito aplaudida no Parlamento na sequência do acordo entre o actual Governo e várias federações e sindicatos de professores. A ex-vereadora na Câmara de Santarém destacou o acordo histórico e teceu duras críticas aos anteriores governos socialistas. “Estou com muita hora deputada à Assembleia da República, mas sou orgulhosamente professora, uma das classes profissionais que o Governo socialista desconsiderou e desvalorizou durante oito anos. Não conseguiram dar resposta ao número de alunos sem professor, não tornaram a carreira de docente mais atractiva, não reduziram a burocracia nas escolas, não compensaram a saída de docentes por aposentação, não tornaram atractiva a carreira para os jovens”, disse, enumerando outros factores.
Inês Barroso falou do há muito polémico assunto da não recuperação do tempo de serviço aos docentes. “Devemos todos estar orgulhosos pelo acordo celebrado entre o actual Governo e os sindicatos. Este acordo vai ter um alcance enorme na serenidade e na paz que as escolas públicas necessitam”, disse.
Para a ex-autarca o descongelamento das carreiras entre 2011 e 2015 foi uma decisão do PS e não do PSD. “Foi o Governo de José Sócrates, que os senhores renegam, e do qual António Costa era o número dois. Recordemos que em 2019, o então primeiro-ministro, António Costa, ameaçou demitir-se caso os partidos da oposição aprovassem a devolução do tempo congelado, alegando que essa verba era para a conclusão das obras na IP3. E as obras não se fizeram”, criticou.
Inês Barroso concluiu, enumerando outras medidas que o Governo da Aliança Democrática está a colocar em marcha. “Deixemos o Governo trabalhar (…) É o garantir de um futuro melhor aos nossos alunos e valorizar os professores. Estamos a apostar na escola, nos professores, nos encarregados de educação e sobretudo dos alunos”, disse.

O acordo
A proposta apresentada pela tutela prevê a recuperação do tempo de serviço a uma média anual de 25% entre 2024 e 2027 e foi aceite pela Federação Nacional da Educação (FNE), pela Federação Nacional do Ensino e Investigação (Fenei), pelo Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE), pela Federação Portuguesa dos Profissionais de Educação, Ensino, Cultura e Investigação (Fepeci), pelo Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu), pelo Sindicato Nacional dos Professores Licenciados (SNPL) e pelo Sindicato dos Educadores e Professores do Ensino Básico (Sippeb).

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