Autarcas de Vila Franca de Xira solicitam reunião urgente com ministra da Saúde
Em causa estão os problemas de saúde no concelho onde se estima que mais de 50 mil pessoas não tenham médico de família.
Por causa da situação alarmante em que se encontram os serviços de saúde no concelho de Vila Franca de Xira, o executivo da Câmara de Vila Franca de Xira vai solicitar uma reunião com carácter de urgência à Ministra da Saúde. Os autarcas querem transmitir de viva voz à governante os problemas com que a população está a ser confrontada com a gestão da Unidade Local de Saúde Estuário do Tejo e do Hospital de Vila Franca de Xira e querem também perceber até que ponto o Governo tem soluções para mitigar ou resolver os problemas sentidos pelos utentes.
A proposta de agendamento de uma reunião de urgência com a Ministra da Saúde foi apresentada pelos vereadores da CDU em reunião de câmara e teve aprovação de todos, com excepção do vereador do Chega Barreira Soares, que votou contra por considerar a proposta populista e de pouco ou nenhum efeito prático ter na comunidade.
A Câmara de Vila Franca de Xira, representada por eleitos de todas as forças políticas, já se tinha reunido com o Conselho de Administração da Unidade Local de Saúde (ULS) Estuário do Tejo para discutir a situação crítica do Serviço Nacional de Saúde na região. Durante o encontro, foram confirmadas várias preocupações significativas sobre a capacidade de resposta das infraestruturas de saúde locais e a necessidade urgente de reforçar a rede de cuidados de saúde primários.
Há 33 vagas ainda por preencher para médicos de família no concelho, resultando na ausência total de médicos nos centros de saúde de Forte da Casa e Alhandra, fazendo com que mais de 50 mil utentes em Vila Franca de Xira estejam actualmente sem médico de família, segundo a proposta da CDU votada em reunião de câmara. Os autarcas querem a fixação e aumento da contratação de profissionais de saúde nos centros de saúde e no hospital, valorizando as suas carreiras e aumentando as remunerações base, bem como a necessidade de diminuir as verbas do Serviço Nacional de Saúde canalizadas para o sector privado.