Política | 12-08-2024 12:00

Autarca do Entroncamento propõe plano B para fundos europeus de projecto chumbado pela oposição

Jorge Faria aproveitou a visita do ministro das Infraestruturas e da Habitação ao Entroncamento para apelar a que o financiamento do projecto chumbado pela oposição possa ser aplicado em obras de outro programa de acesso à habitação.

O presidente da Câmara do Entroncamento, Jorge Faria (PS), aproveitou a presença na cidade do Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Miguel Pinto Luz, na cerimónia de entrega das 20 habitações a custos acessíveis, para solicitar um “desvio de fundos” nos financiamentos para habitação. Uma forma de aproveitar os milhões da União Europeia já aprovados para construção de 100 habitações pelo município, projecto que a oposição PSD e Chega no executivo chumbou, por ter junta mais votos que os socialistas – quatro contra três.
O autarca lamentou o chumbo da proposta e questionou se seria possível passar parte dos fundos garantidos nesse projecto para a realização de obras do programa 1º Direito, de apoio ao acesso a habitação. “Já questionei o presidente do IHRU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana), a resposta possivelmente vai ser a mesma, mas gostava de aproveitar para perguntar publicamente se era possível passar parte dos fundos financiados do projecto das 100 habitações para as obras do 1º Direito que requerem 12 dos 18 milhões de euros financiados”, disse Jorge Faria.
Segundo o presidente da autarquia, uma vez que a proposta anterior que garantia o financiamento total foi chumbada, o município beneficiaria de utilizar parte desse financiamento para outros dois novos projectos, num total de 12,3 milhões de euros. “São obras que muito contribuiriam para a cidade e que temos todas as condições para avançar e as realizar dentro dos prazos”, garantiu. A propósito do aumento de habitações, Jorge Faria aproveitou ainda para elogiar a imigração que tem chegado ao concelho e que tem sido alvo de debate em várias reuniões camarárias. “O Entroncamento é uma terra de chegada com um fluxo de imigração muito forte. Só no ensino público, 30% dos estudantes são filhos de imigrantes, sem contar com os que já têm nacionalidade portuguesa. Temos 28 nacionalidades nas escolas e cerca de 51 no concelho e temos todo o interesse em responder a este número com políticas públicas de habitação para contribuir para a qualidade de vida das pessoas”, afirma.

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