Conservatória da Chamusca sem funcionários obriga população a ir a concelhos vizinhos
O vereador Tiago Prestes lamentou em sessão camarária que a população tenha que ir a concelhos vizinhos para resolver problemas, uma vez que a Conservatória da Chamusca está constantemente com constrangimentos.
A falta de recursos humanos na Conservatória do Registo Civil, Predial e Comercial da Chamusca foi um dos assuntos mais discutidos na última reunião de câmara da Chamusca. O vereador do Partido Social Democrata (PSD), Tiago Prestes, pediu esclarecimentos sobre o facto do serviço estar constantemente encerrado, lamentando que a população tenha que ir a concelhos vizinhos para resolver os seus problemas. “É de lamentar uma situação destas. Os chamusquenses terem que ir para a Golegã ou Barquinha para resolverem as suas questões”, disse, na sessão que se realizou a 13 de Agosto.
O presidente da câmara, Paulo Queimado, também disse estar preocupado, afirmando que tem sido difícil arranjar pessoas para garantir o atendimento. “Tem havido muitas dificuldades para ter pessoas para assegurar os serviços. Tem vindo gente de Alpiarça e Golegã para fazer serviços”, disse, acrescentando que o município está a trabalhar para implementar num edifício uma loja do cidadão de serviço complementar. “É insustentável ter os serviços assim. Tivemos a conservatória fechada uma semana inteira”, sublinhou.
Recorde-se que, em Abril deste ano, a presidente do conselho directivo do Instituto dos Registos e Notariado – IRN, I.P., informou que o atendimento presencial na Conservatória da Chamusca iria sofrer alguns constrangimentos devido à escassez de recursos humanos. “Pese embora todos os esforços que se estão a envidar, no sentido de evitar estes constrangimentos, nomeadamente o reforço de recursos humanos através da realização de procedimentos concursais de ingresso para novos conservadores e oficiais de registo, revela-se necessário o encerramento do atendimento ao público naquela Conservatória (...), referiu.
Em Tomar a situação também é preocupante
Tal como O MIRANTE tem vindo a noticiar, a Conservatória de Tomar também tem graves problemas de recursos humanos. Numa das últimas reuniões camarárias, o presidente da câmara, Hugo Cristóvão, afirmou que este é um problema transversal porque não tem havido entrada de recursos humanos para a entidade a nível nacional. Sublinhou que a situação também o preocupa e que tem sido manifestado desagrado, por parte do município, junto do Instituto Nacional de Registos e Notariado, que é quem tutela o espaço. O presidente da câmara adiantou ainda que está a ser estudada a hipótese de ser implementada na cidade uma Loja do Cidadão, havendo já um espaço pensado.