Diogo Gomes, ex-vereador do trânsito defende criação de polícia municipal em Santarém
Diogo Gomes teve o pelouro do Trânsito na Câmara de Santarém até à suspensão do mandato, ainda em vigor. Considera que a PSP não consegue dar resposta às questões do trânsito e mobilidade na cidade e acha que a criação de uma polícia municipal podia ser útil nesse campo.
O ex-vereador da Câmara de Santarém Diogo Gomes (PSD), que até há alguns meses teve o pelouro do Trânsito, considera que a PSP “não consegue lidar eficazmente com as questões de trânsito e do número crescente de veículos” na cidade e acredita que “a criação da Polícia Municipal certamente contribuiria para uma maior qualidade de vida e melhor mobilidade para todos os escalabitanos”. Essa opinião é expressa num artigo de opinião publicado recentemente no diário O MIRANTE Online.
Entre os problemas que identifica, Diogo Gomes menciona o “calvário diário enfrentado por todos os escalabitanos, especialmente quando têm de levar os seus filhos à escola ou às actividades desportivas”, destacando, em particular, as dificuldades nas artérias adjacentes ao Centro Escolar Salgueiro Maia, à Escola D. João II e à escola primária da Portela das Padeiras. “E, para agravar a situação, o estacionamento abusivo em todo o centro histórico, que compromete a mobilidade dos transeuntes e coloca em risco moradores e comerciantes. Esta prática limita severamente a passagem de veículos de emergência e de protecção civil, como aconteceu recentemente”, reforça.
Diogo Gomes refere que enquanto vereador do Trânsito da Câmara de Santarém teve a preocupação de tentar encontrar soluções, nomeadamente para o Bairro de São Bento, tendo solicitado aos serviços de trânsito a elaboração de um estudo de tráfego para a Rua Dr. Leonardo Ribeiro de Almeida. Um estudo concluído no dia 15 de Janeiro de 2024 e que incluiu a contagem de veículos, o controlo de velocidade e uma proposta de implementação de medidas de acalmia do tráfego.
Face a essas situações, Diogo Gomes reitera uma proposta que diz defender há anos: “por que não criamos uma Polícia Municipal? A IV Revisão Constitucional, em 1997, permitiu aos municípios portugueses a criação de corpos de polícia administrativa. Esses serviços, designados por Polícias Municipais, têm vindo a surgir gradualmente em vários concelhos”. E prossegue: “Nos termos do artigo 237º, nº 3, da Constituição, as Polícias Municipais são serviços municipalizados, que cooperam na manutenção da ordem pública e na protecção das comunidades locais, exercendo funções de segurança pública em cooperação com as forças de segurança.
Diogo Gomes pediu a suspensão de mandato como vereador pelo período de 300 dias a partir de 10 de Março de 2024, na sequência do polémico processo do skate parque instalado em Agosto de 2023 no Campo Infante da Câmara, no centro da cidade.