Política | 03-10-2024 21:00

Futuro da Tupperware em Montalvo depende de negociações com investidores

Futuro da Tupperware em Montalvo depende de negociações com investidores
Sérgio Oliveira, presidente da Câmara Municipal de Constância

O presidente da Câmara de Constância deu uma conferência de imprensa para falar sobre o momento difícil que vive a fábrica da Tupperware em Montalvo, com a produção parada e duas centenas de trabalhadores sem saber o que o futuro lhes reserva.

O presidente da Câmara de Constância, Sérgio Oliveira, deu uma conferência de imprensa, no dia 26 de Setembro para falar sobre o processo da fábrica da Tupperware em Montalvo. O autarca reconhece que o futuro da empresa é incerto e depende, neste momento, de negociações com investidores que possam, eventualmente, dar continuidade ao negócio. A informação foi transmitida pelo vice-presidente de operações da multinacional norte-americana na Europa, que contactou o município na semana passada, após terem soado os alarmes quanto a um possível encerramento da unidade industrial.
A produção em Portugal, na Bélgica e na África do Sul está parada, sendo a justificação dada pela empresa de que existe stock suficiente em armazém nessas zonas. Em Montalvo, a empresa garante cerca de 200 postos de trabalho. Sérgio Oliveira afirma que o município pretende ajudar a manter a empresa a laborar no concelho, tendo já contactado com o gabinete do ministro da Economia para garantir que existe, por parte do governo central, apoio para a manutenção da empresa e resolução do processo.

Não há despedimentos para já
Os trabalhadores, segundo explica o autarca, continuam a trabalhar em funções secundárias na fábrica ou a ter formação profissional. Para já, os salários continuam a ser pagos e despedimentos ou rescisões não se consumaram. “A empresa garantiu que não é o que se pretende para agora. Os trabalhadores estão a dedicar-se a outras funções, que seriam de realizar em contextos mais calmos, no decorrer normal da empresa, ou a tirar formações profissionais. Não existe o cenário de despedimentos ou salários em atraso, se nenhum investidor der continuidade ao negócio. Se não houver investidores que consigam dar continuidade ao negócio para a empresa continuar a laborar, essa questão pode ser colocada, mas mais para a frente”, afirma Sérgio Oliveira.
O autarca garante que a preocupação do município relaciona-se com o futuro dos 200 postos de trabalho na empresa e que é nesse sentido que a Câmara de Constância está empenhada em procurar soluções e pressionar o Ministério da Economia para serem tomadas medidas que viabilizem a continuidade da Tupperware. “Sou uma pessoa positiva e, não querendo dar esperanças de nada, como presidente ainda acredito que a Tupperware se vai manter em Montalvo a laborar”, afirma.
Sérgio Oliveira lamenta que a empresa tenha demorado cerca de uma semana a contactar a autarquia para prestar esclarecimentos, aguardando ainda a informação de quantos dos 200 trabalhadores serão de Constância e de concelhos em redor. O autarca alerta que, caso se dê o encerramento da empresa, o impacto será sentido em toda a região e não apenas no concelho de Constância.

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