Antigas casas dos magistrados em Ourém vão receber serviços municipais
Câmara Municipal de Ourém vai reabilitar antigas casas dos magistrados de forma a que ali possam funcionar serviços municipais específicos, nomeadamente da área da Acção Social e da Educação.
A Câmara de Ourém vai reabilitar as antigas casas dos magistrados na sede do concelho para instalar serviços municipais. “O projecto que apresentámos é de que queremos que para ali possam passar os serviços sociais e da educação”, afirmou o presidente da autarquia, Luís Albuquerque, precisando que os primeiros estão divididos por três locais diferentes, nos Paços do Concelho, no Centro Municipal de Exposições e noutro edifício. Segundo Luís Albuquerque, por força das diversas áreas que têm sido transferidas para os municípios no âmbito da descentralização, o espaço afecto aos serviços sociais “é insuficiente”. “Além de que a área social necessita também, como todos sabemos, de algum recato, porque passam por aqui pessoas com dificuldades e é necessário também esse recato. E parece-nos que ali as coisas poderão ser tratadas ainda melhor do que são tratadas hoje”, adiantou à Lusa o autarca.
A transferência das duas antigas casas dos magistrados, localizadas na sede do concelho, para a Câmara de Ourém foi concretizada na segunda-feira, 7 de Outubro. Nesse dia, o Governo celebrou em Coimbra, acordos com 17 municípios, incluindo o de Ourém, para terem competências para gerir património do Estado sem utilização, prevendo a transferência de 27 imóveis públicos. O presidente do município esclareceu que, pelo menos desde 2017, quando foi eleito pela primeira vez, a autarquia reclamava a gestão destes imóveis. “As casas estão situadas num local privilegiado, mesmo em frente ao edifício da câmara municipal, e, além de estarem devolutas, o que nos dias de hoje não é muito compreensível, apresentam um aspecto muito mau, estão completamente abandonadas, com falta de limpeza, falta de manutenção e, obviamente, que não ajudam nada à boa preservação do espaço urbano e de toda a envolvente”, explicou, acrescentando que esta era uma das principais razões pelas quais a autarquia queria que o edificado passasse para o seu domínio.
Luís Albuquerque observou que a estimativa de custos para reabilitar os imóveis, cuja cedência é por um período de 50 anos, situa-se “entre os 400 e os 500 mil euros”. “Já estamos a trabalhar nisso, a elaborar projecto para a sua requalificação”, declarou, salientando tratar-se de uma estimativa ainda muito prematura. Assinalando tratar-se de uma empreitada com “valores ainda altos”, o presidente do município referiu que a autarquia vai tentar que durante o próximo ano os Serviços Sociais e da Educação da câmara já possam ocupar o espaço, mas “sem garantia absoluta”.