Política | 11-10-2024 10:00

Antigas casas dos magistrados em Ourém vão receber serviços municipais

Antigas casas dos magistrados em Ourém vão receber serviços municipais

Câmara Municipal de Ourém vai reabilitar antigas casas dos magistrados de forma a que ali possam funcionar serviços municipais específicos, nomeadamente da área da Acção Social e da Educação.

A Câmara de Ourém vai reabilitar as antigas casas dos magistrados na sede do concelho para instalar serviços municipais. “O projecto que apresentámos é de que queremos que para ali possam passar os serviços sociais e da educação”, afirmou o presidente da autarquia, Luís Albuquerque, precisando que os primeiros estão divididos por três locais diferentes, nos Paços do Concelho, no Centro Municipal de Exposições e noutro edifício. Segundo Luís Albuquerque, por força das diversas áreas que têm sido transferidas para os municípios no âmbito da descentralização, o espaço afecto aos serviços sociais “é insuficiente”. “Além de que a área social necessita também, como todos sabemos, de algum recato, porque passam por aqui pessoas com dificuldades e é necessário também esse recato. E parece-nos que ali as coisas poderão ser tratadas ainda melhor do que são tratadas hoje”, adiantou à Lusa o autarca.
A transferência das duas antigas casas dos magistrados, localizadas na sede do concelho, para a Câmara de Ourém foi concretizada na segunda-feira, 7 de Outubro. Nesse dia, o Governo celebrou em Coimbra, acordos com 17 municípios, incluindo o de Ourém, para terem competências para gerir património do Estado sem utilização, prevendo a transferência de 27 imóveis públicos. O presidente do município esclareceu que, pelo menos desde 2017, quando foi eleito pela primeira vez, a autarquia reclamava a gestão destes imóveis. “As casas estão situadas num local privilegiado, mesmo em frente ao edifício da câmara municipal, e, além de estarem devolutas, o que nos dias de hoje não é muito compreensível, apresentam um aspecto muito mau, estão completamente abandonadas, com falta de limpeza, falta de manutenção e, obviamente, que não ajudam nada à boa preservação do espaço urbano e de toda a envolvente”, explicou, acrescentando que esta era uma das principais razões pelas quais a autarquia queria que o edificado passasse para o seu domínio.
Luís Albuquerque observou que a estimativa de custos para reabilitar os imóveis, cuja cedência é por um período de 50 anos, situa-se “entre os 400 e os 500 mil euros”. “Já estamos a trabalhar nisso, a elaborar projecto para a sua requalificação”, declarou, salientando tratar-se de uma estimativa ainda muito prematura. Assinalando tratar-se de uma empreitada com “valores ainda altos”, o presidente do município referiu que a autarquia vai tentar que durante o próximo ano os Serviços Sociais e da Educação da câmara já possam ocupar o espaço, mas “sem garantia absoluta”.

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