Orçamento de Alenquer para 2025 aprovado com críticas da oposição
A Câmara Municipal de Alenquer, liderada pelo PS, aprovou o orçamento de 46,5 milhões de euros para 2025. A oposição, PSD e CDU, votou contra, criticando a falta de ambição nas áreas sociais e estratégicas e apontando para um decréscimo no valor destinado ao investimento. O documento será submetido à assembleia municipal no final do mês.
A maioria socialista no executivo da Câmara Municipal de Alenquer aprovou o Orçamento e as Grandes Opções do Plano para 2025, com votos contra dos vereadores do PSD e CDU.
Para o ano, o Município de Alenquer tem um orçamento de 46.535.038€ sendo que está prevista a possibilidade da câmara recorrer a um empréstimo de 6.393.236€, valor definido para os projectos de requalificação urbana na Rua Senhora da Graça e na Rua Pinhal da Azenha, construção da variante de ligação à zona industrial da Passinha e requalificação da zona urbana do Carregado desde a Meirinha ao Tejo.
Para o presidente da autarquia de Alenquer, Pedro Folgado (PS),
o orçamento do próximo ano reflecte um final de ciclo de um compromisso iniciado em 2013: criar as bases e as condições para que o concelho pudesse desenvolver-se de forma sustentável. “Delineamos um orçamento responsável e realista, cujo horizonte não se resume ao curto prazo. Com este documento estão lançadas as bases para um desenvolvimento sustentável de longo prazo”, disse o edil.
Para o vereador do PSD, Nuno Henriques, o orçamento para 2025 é mau pelo que tem, mas sobretudo pelo que não tem e critica que ao fim de 50 anos de governação socialista finalmente a rede viária vai ter maior financiamento. "Este é um orçamento que fica aquém da ambição para este concelho. É um concelho que quer mais, melhor e diferente. Este não é um orçamento amigo das famílias, das empresas e das pessoas do ponto de vista fiscal e emocional. Não desenha um plano estratégico como deve ser para o turismo, para o desporto, para a cultura, para a economia. Este não é um orçamento social", reiterou.
O autarca da CDU, Ernesto Ferreira lamentou que não estejam nas rubricas as três obras que motivaram o pedido de empréstimo de 6 milhões de euros da câmara, o que quer dizer que os projectos foram remetidos para 2026. Além disso, critica a quebra significativa no valor do investimento que diminuiu 10% em dois anos. A rubrica de Marketing Territorial teve um acréscimo de 570% face a 2024 o que levantou dúvidas ao vereador. “Não é com gosto que votamos contra. Este orçamento, tanto ou mais do que os anteriores, não pode merecer senão a nossa rejeição. Apesar dos alertas reforçados no processo de preparação deste orçamento, não vislumbramos qualquer provisão de verbas para a aquisição dos materiais circulantes ou outros necessários para que até ao último dia de 2025 a câmara possa cumprir a promessa de internalização de forma directa da recolha de resíduos sólidos urbanos ou através de uma entidade participada pelo município", criticou.
O orçamento vai ser votado na próxima sessão da Assembleia Municipal de Alenquer, agendada para 29 de Novembro, assim como o Mapa de Pessoal, que foi aprovado em reunião de câmara com as duas abstenções dos vereadores da oposição (CDU e PSD).
*Notícia para conferir na próxima edição impressa de O MIRANTE