Orçamento de Mação em 2025 cresce mais de 27% em relação a este ano
Município de Mação vai ter um orçamento de 21,1 milhões de euros que deverão chegar aos 25,5 milhões devido ao saldo de gerência e a um empréstimo bancário.
A Câmara Municipal de Mação aprovou, com o voto favorável do PSD e o voto contra do PS, um orçamento de 21,1 milhões de euros (ME) para 2025, um aumento de 27.5% relativamente ao orçamento deste ano (17 ME). Em declarações à Lusa, o presidente da autarquia, Vasco Estrela (PSD), disse que este é “o maior orçamento de sempre” do município e que o documento “irá seguramente crescer para os 25,5 milhões”, pela incorporação do saldo de gerência e a aprovação de um empréstimo de meio milhão de euros.
O documento estratégico e o orçamento para Mação foram aprovados em reunião de executivo pelos quatro eleitos da maioria PSD, incluindo o presidente, com o voto contra do vereador do PS, que não justificou o sentido de voto, tendo a assembleia municipal aprovado o documento com os votos favoráveis do PSD e a abstenção da sete eleitos do PS e dois votos favoráveis da mesma bancada. “É um orçamento robusto que se justifica uma vez que tem de suportar um conjunto de obras de valor muito significativo dos quais destaco a habitação a custos acessíveis, contratos que temos estabelecidos com o IHRU, que, grosso modo, implica um investimento de quase 3,4 ME, também a requalificação urbana da vila de Mação, que tem também uma dotação de 3,4 ME”, destacou Vasco Estrela. Segundo o autarca, “apesar de todos estes valores não estarem reflectidos já neste orçamento, porque são obras que irão para além do ano de 2025, terão um impacto financeiro já grande neste ano” que se aproxima.
Para além disso, acrescentou, “há outras obras em curso para requalificação urbana em Mação, a requalificação urbana de Cardigos, que também são obras com um volume financeiro muito grande e que justificam a dimensão deste orçamento”. Para além destes investimentos, o autarca destacou ainda “a obra da extensão de saúde de Cardigos e a requalificação dos passadiços em Ortiga, junto ao rio Tejo”. Ao nível da despesa com os recursos humanos, Vasco Estrela disse que “as despesas com pessoal têm um peso significativo, no total da despesa de 24%”.
Por unanimidade, tanto a câmara como a assembleia aprovaram a taxa de 0,3% (mínimo permitido por lei) para o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) a aplicar a prédios urbanos em 2025, com uma dedução fixa de 20 euros para agregados familiares com um dependente, 40 euros para dois dependentes e 70 euros para três ou mais dependentes. Foi ainda aprovada a manutenção de 4% da participação variável no Imposto sobre o Rendimento Singular (IRS). A isenção da taxa de Derrama continua a ser válida apenas para pessoas coletivas com sede fiscal no concelho. Para as outras empresas foi novamente aprovada uma taxa de 1,5% sobre o lucro tributável. No âmbito da política fiscal proposta para 2025, foi também aprovada por unanimidade a devolução do montante pago em IMI às associações culturais, desportivas e recreativas do concelho.