Munícipes vão à reunião de câmara de Azambuja queixar-se do que está mal no concelho
Reunião pública do executivo camarário de Azambuja contou com a intervenção de vários munícipes que foram dar nota do que gostavam de ver resolvido. Falta de um cinema, perda de serviços e estradas em mau estado foram alguns dos temas abordados.
Foram vários os munícipes que foram à última reunião pública da Câmara de Azambuja e pediram a palavra no período de intervenção do público para expressar o seu descontentamento sobre situações que gostavam de ver resolvidas no concelho. Um deles foi José Caetano, que alertou para a falta de limpeza da ribeira do Valverde, que passa junto à entrada sul de Azambuja, onde os maus cheiros são problema recorrente há vários anos.
“As águas estão ali estagnadas e todos os anos continuamos a assistir ao que ali está”, disse questionando se a câmara tem pressionado o Ministério do Ambiente para efectuar a limpeza da ribeira e identificar a origem das descargas indevidas que lá vão parar. Como resposta, ouviu do presidente do município, Silvino Lúcio, que a limpeza da ribeira é da competência do município e não do Ministério do Ambiente, uma vez que se encontra em espaço urbano. Sobre o estado em que se encontra, o autarca referiu que já conseguiram detectar algumas das irregularidades e resolvê-las.
José Caetano lamentou ainda que a vila de Azambuja não tenha um comércio moderno e dinâmico, que não tenha distrações e esteja a perder serviços. “Uma vila que teve seis bancos vai passar a ficar com dois. Isto passa a ser vila dormitório, não temos aqui nada. Lamento que seja este o fim da vila de Azambuja”, disse o cidadão.
Entre outras questões, a munícipe Helena Maciel, que também é eleita pelo CDS-PP na assembleia municipal, criticou a inexistência de cinema no concelho e disse que “faz falta pensar” onde se podem “criar condições para que as pessoas tenham acesso ao cinema no concelho”. Sobre esta matéria, Silvino Lúcio lembrou que o cinema que existiu, de gestão privada, “acabou porque em termos financeiros era um desastre, iam duas ou três pessoas”, disse, sublinhando que mesmo com filmes actuais as pessoas não aderiam.
As más condições em algumas estradas do concelho foram outro dos assuntos levados pelos munícipes, nomeadamente por Manuel Couceiro que criticou o município por ter investido recentemente na requalificação da estrada da vala do Esteiro e esta já não se encontrar nas devidas condições. Silvino Lúcio disse que já foi feito um levantamento da situação e deu nota da futura requalificação da Estrada dos Maias, também em mau estado, para a qual a autarquia conseguiu um apoio de 80 mil euros da Águas de Lisboa e Vale do Tejo.