Benavente com vários projectos para 2025 vai ter orçamento superior a 46 milhões
Documento tem ainda de ser aprovado pela assembleia municipal, que se deverá realizar no próximo dia 12 de Dezembro. Associações, requalificação urbana e habitação são alguns dos eixos principais do orçamento de Benavente para 2025.
A Câmara de Benavente aprovou um orçamento superior a 46 milhões de euros para 2025, que terá prioridades a construção de habitação e reabilitação urbana, educação, cultura, desporto e saúde. As Grandes Opções do Plano (GOP) e Orçamento da Câmara de Benavente para 2025, superior em cerca de 4,5 milhões de euros ao deste ano, foram aprovados com três votos favoráveis da CDU, dois votos contra do vereador do PS e da eleita independente, e duas abstenções do PSD. Segundo afirma a O MIRANTE o presidente da autarquia, Carlos Coutinho, este é um orçamento que satisfaz pela sua abrangência.
Para a habitação foram destinados perto de oito milhões de euros, enquanto a área da educação prevê investimentos de três milhões para ampliação de escolas. Na vertente da cultura está prevista uma verba de um milhão para a conclusão da requalificação do Museu Municipal de Benavente. Também a saúde foi contemplada com a intervenção de requalificação do Posto Médico de Benavente, à semelhança do que já foi realizado em Samora Correia. Na calha estão também outros projectos como a construção da Casa Mortuária de Benavente e intervenções na Coutada Velha, onde, em parceria com a Águas do Ribatejo, será realizado um investimento para saneamento e pavimentação de cerca de nove quilómetros de estrada. O orçamento inclui ainda verbas para requalificações de espaços urbanos, intervenções em arruamentos, como na zona dos Arados, e melhorias em infraestruturas desportivas, como campos de futebol. O apoio aos bombeiros e associações do concelho, assim como as verbas a transferir para as juntas de freguesias, constituem um montante de 3,8 milhões de euros.
Carlos Coutinho sublinha que este orçamento, quase três vezes superior ao habitual, integra fundos comunitários e contempla medidas relacionadas com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), como a remodelação do posto médico de Benavente e a construção de uma ciclovia que ligará Benavente a Samora Correia, promovendo a mobilidade sustentável e as peregrinações.
Críticas ao orçamento da oposição
Embora o PSD reconheça os avanços, critica a visão estratégica do executivo da CDU, classificando o orçamento como insuficiente para responder às necessidades do concelho. O Partido Socialista (PS) de Benavente reagiu acusando o partido de perpetuar a estagnação do concelho. Joseph Azevedo, vereador do PS, criticou especificamente a inclusão do IMI Familiar no orçamento, considerando que a medida “não reflecte equidade e justiça”, deixando de fora outras franjas da população, como os idosos. Milena Castro, vereadora independente que se demarcou do Chega, votou contra o orçamento, criticando a falta de tempo para análise dos documentos e a repetição de propostas dos anos anteriores.