João Leite reconhece gravidade da falta de acessibilidades na aldeia das Caneiras
Falta de acessibilidades na aldeia das Caneiras e o facto da passagem de nível do Peso continuar fechada foram tema de discussão na última sessão camarária. Vereadora do Chega questionou sobre o assunto e o presidente da câmara assumiu a necessidade de intervenção falando também em “angústia”.
Há vários anos que a população da aldeia avieira das Caneiras, no concelho de Santarém, se queixa da falta de acessibilidades, situação que foi agravada com o encerramento da passagem de nível do Peso, situada perto da localidade. Na reunião da Câmara Municipal de Santarém, realizada no dia 29 de Novembro, a vereadora do Chega, Manuela Estevão, levou o assunto para cima da mesa, demonstrando preocupação com a qualidade de vida dos habitantes e lamentando o facto da passagem de nível estar desativada há quatro anos. A autarca, que substituiu Pedro Frazão no executivo municipal, sublinhou que a única estrada de acesso à aldeia, já em condições precárias devido à degradação do piso, fica frequentemente submersa durante os períodos de chuva, agravando o isolamento da comunidade. “Representa um perigo iminente a passagem constante de veículos pesados numa estrada sem condições para transitar”, alertou, questionando quando vão ser realizadas as obras necessárias.
A estrada que foi projectada para escoar a produção agrícola e ligar os concelhos de Santarém e Cartaxo encontra-se praticamente intransitável, acrescentou a vereadora, devido às fissuras provocadas pela circulação de camiões de grande tonelagem e pela acção das chuvas. Manuela Estevão enfatizou que a ausência de um plano estratégico adequado tem agravado os problemas e questionou qual seria a solução caso o acesso às Caneiras se torne completamente inviável, especialmente em situações de emergência. “Se houver um acidente grave, a câmara municipal será uma das responsáveis?”, questionou.
Na resposta, o presidente da autarquia, João Leite (PSD), reconheceu a gravidade da situação e destacou a necessidade de uma intervenção multidisciplinar na área. “Concordo, é uma angústia, e nós temos que olhar para aquele território e intervir. Não apenas para oferecer dignidade e conforto a quem lá habita, mas também para aproveitar o potencial de quem visita o que a região tem”, afirmou. O autarca reforçou o compromisso de trabalhar para encontrar soluções que melhorem as condições da estrada e da acessibilidade, com vista à segurança e desenvolvimento da zona.