Tomar aprova orçamento de 58,8 milhões com destaque para habitação e obras nas escolas
Orçamento aprovado é o maior da última década em Tomar, aumentando sete milhões de euros em relação ao presente ano. O presidente da câmara referiu que o orçamento foi muito inflacionado pelas obras que estão a decorrer ou que estão lançadas. Também destacou um reconhecimento grande do papel do associativismo no concelho.
A Câmara Municipal de Tomar aprovou o orçamento para 2025, num valor de 58,8 milhões de euros, o orçamento maior da última década, aumentando sete milhões de euros em relação ao ano corrente. O documento foi aprovado em reunião de câmara com votos contra dos vereadores da oposição, que não pouparam nas críticas ao plano apresentado. O presidente da câmara, Hugo Cristóvão, destacou as obras que estão a decorrer ou que estão lançadas e um grande reconhecimento do papel do associativismo no concelho. Os vereadores do PSD, Lurdes Fernandes e Tiago Carrão, consideraram o orçamento “um plano de intenções”, que não pode deixar os tomarenses tranquilos, primando pela falta de investimento em áreas fundamentais.
Hugo Cristóvão começou por explicar que a intenção era manter o orçamento na mesma linha ou pouco acima do que tinha sido o orçamento global para 2024: “com a construção e conclusão do orçamento verificámos que ele tinha que ser superior”, referiu. O autarca explicou que o orçamento foi muito inflacionado pelas obras que estão a decorrer ou que estão lançadas, nomeadamente a EB2,3 Gualdim Pais, o Jardim Escola e futura creche municipal Raul Lopes, assim como os projectos na habitação. “O orçamento para além das obras já referidas aponta para um conjunto de outras, como o trabalho que está a ser feito de concretização do projecto de Carvalhos de Figueiredo”, explicou Hugo Cristóvão. O presidente da câmara destacou ainda um reconhecimento grande do papel do associativismo no concelho: “naquilo que produz em termos de qualidade de vida e de oferta para a comunidade, através do apoio ao associativismo e outros”, esclareceu.
A vereadora Lurdes Fernandes considerou que o orçamento apresentado é um “plano de intenções”. A autarca referiu que o documento não pode deixar os tomarenses tranquilos: “por um lado insiste na táctica da promessa, seja de obras já permitidas em diversos orçamentos anteriores, seja do anúncio de projectos só para impressionar, não sabemos com o que podemos contar”, disse. Lurdes Fernandes frisou que o orçamento prima pela falta de investimento em áreas fundamentais. Tiago Carrão, por sua vez, considerou que as despesas com o pessoal são uma fatia grande do orçamento que “condiciona a gestão autárquica actual e deixa uma herança pesada para o futuro”. O líder do PSD em Tomar afirmou que a grande falha do documento é a falta de um fio condutor, de ambição e de políticas de fundo: “limitam-se a querer aproveitar os fundos comunitários”, concluiu.
Hugo Cristóvão respondeu às insinuações referindo que o que se espera da oposição é que seja concreta e que possa apresentar caminhos alternativos, o que na sua opinião não está a acontecer.