Política | 10-12-2024 13:56

Desagregação das freguesias de São Facundo e Vale das Mós ficou em banho-maria

Desagregação das freguesias de São Facundo e Vale das Mós ficou em banho-maria

Assembleia de freguesia aprovou por unanimidade a desagregação das freguesias de São Facundo e Vale das Mós mas a proposta nunca chegou a ser votada na Assembleia Municipal de Abrantes. CDU atira culpas ao Partido Socialista.

A desagregação das freguesias de São Facundo e Vale das Mós, concelho de Abrantes, aprovada por unanimidade em sessão de assembleia de freguesia realizada em Dezembro de 2022, continua em banho-maria e sem hipótese de integrar o mapa administrativo das novas freguesias para as eleições autárquicas de 2025. A CDU, força política que iniciou o processo lançando a proposta à assembleia de freguesia atira culpas ao Partido Socialista que lidera a freguesia e Assembleia Municipal de Abrantes.

Para a CDU, lê-se em comunicado enviado às redações, houve um claro “bloqueio do processo de desagregação das freguesias por parte do Partido Socialista”, que se traduz numa “consequência directa da falta de compromisso e respeito pela vontade da população das freguesias e da Assembleia das Freguesias de São Facundo e Vale das Mós”.

A mesma nota refere que a CDU e restantes eleitos da freguesia se esforçaram “para que o processo avançasse em prol da vontade popular”, salientando que toda a documentação aprovada em assembleia de freguesia foi enviada para a assembleia municipal “em Dezembro de 2022, ainda com tempo útil para dar seguimento em mais de 20 dias”. Ainda assim, lamentam, “o processo foi travado pelo PS, que arquivou a proposta, contrariando uma decisão democraticamente tomada e ignorando as necessidades da população”, vincam, apontando o dedo ao presidente da assembleia municipal e da Câmara de Abrantes.

O presidente da Assembleia Municipal de Abrantes, António Mor, refere por sua vez a O MIRANTE que quando recebeu a documentação relativa à decisão tomada pela assembleia de freguesia “já tinha passado o prazo” legalmente previsto para que o processo pudesse avançar. Também o presidente da Junta da União de Freguesias de São Facundo e Vale das Mós, Amílcar Alves, afirma ao nosso jornal que o PS “não travou nada”, sublinhando que o que aconteceu foi que a CDU se atrasou a “meter o processo”.

Leonel Francisco da CDU não hesita em dizer a O MIRANTE que “houve má vontade política por parte do PS”, mas assegura que não vão desistir da desagregação, que foi vontade de todos os eleitos na assembleia de freguesia e, nesse sentido, irão avançar com um novo processo de criação da freguesia de Vale das Mós e da Freguesia São Facundo.

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