Presidente da concelhia do PS assume que quer ser candidato à Câmara da Chamusca
Nuno Mira assumiu num jantar com militantes do PS da Chamusca que quer ser candidato a presidente da câmara municipal, numa intervenção onde também foi tema os ataques pessoais e faltas de educação que tem sofrido.
O presidente da concelhia do Partido Socialista (PS) da Chamusca afirma estar disponível para ser o candidato do partido às próximas eleições autárquicas, que se devem realizar em Outubro de 2025. A informação foi partilhada com O MIRANTE por militantes da concelhia que marcaram presença no jantar do PS onde Nuno Mira discursou. Contactado por O MIRANTE, o actual presidente da concelhia confirmou a sua disponibilidade, salientando que, da mesma forma que assume a vontade em ser candidato a presidente da autarquia, também apoia quem a comissão política escolher como candidato. As eleições internas deverão decorrer em Janeiro de 2025.
No jantar que se realizou na Carregueira, no restaurante Carcavelo, estiveram mais de seis dezenas de militantes do partido. Segundo as nossas fontes, que preferiram não ser identificadas, o líder da concelhia lamentou durante o seu discurso alguns ataques pessoais e ofensas que lhe têm sido dirigidos desde que foi eleito, com o apoio da grande maioria dos militantes, o presidente da comissão política. Questionado por O MIRANTE, Nuno Mira não adiantou a quem se estava a dirigir, acrescentando que “nesta altura é importante o partido estar unido de forma a devolver ao PS da Chamusca o dinamismo, a envolvência e a participação que os militantes merecem”.
Nuno Mira, de 33 anos, formado em Gestão, trabalha actualmente na Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo. Trabalhou na RSTJ (antiga Resitejo), no Eco Parque do Relvão, e foi líder de bancada do PS na Assembleia Municipal da Chamusca e vice-presidente da Juventude Socialista do distrito de Santarém. Nuno Mira também foi adjunto do gabinete de apoio ao presidente da Câmara da Chamusca.
À margem/opinião
Paulo Queimado e a viagem ao passado
O actual presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, também marcou presença no jantar socialista, realizando um discurso inflamado, com várias menções ao trabalho do antigo presidente Sérgio Carrinho e com críticas à comunicação social que escrutina o seu trabalho enquanto líder da autarquia. Segundo O MIRANTE apurou, Paulo Queimado passou mais de 10 minutos a desculpar-se das obras inacabadas e a apresentar como justificações os prazos dos procedimentos e as muitas burocracias. Paulo Queimado foi ao passado para criticar o trabalho desenvolvido por Sérgio Carrinho, que foi presidente do município durante mais de três décadas; e até os leilões da Câmara da Chamusca vieram à baila. O texto do discurso meio ressabiado de Paulo Queimado mencionou ainda a comunicação social que escrutina o seu trabalho, embora nunca tenha referido o nome de um órgão de comunicação em particular. Recorde-se Paulo Queimado está quase a acabar 12 anos de mandatos à frente do município, e por imposição da lei não pode recandidatar-se.