Política | 14-12-2024 12:00

Orçamento de Azambuja cresce 10 milhões de euros em 2025

Executivo municipal de Azambuja aprovou o orçamento que subiu quase um terço, fixando-se nos 34 milhões de euros, sem o apoio da oposição. Aumento deve-se sobretudo a empréstimos bancários para realização de empreitadas.

O executivo da Câmara de Azambuja aprovou, na reunião extraordinária realizada na quinta-feira, 5 de Dezembro, o orçamento municipal para 2025 no valor de 34 milhões de euros, quase 10 milhões de euros a mais do que o aprovado no ano anterior, que foi de 23,2 milhões de euros. A proposta de orçamento para o próximo ano e Grandes Opções do Plano foi aprovada por maioria com os votos favoráveis dos eleitos do PS (três) e da CDU (1) e os votos contra do PSD (2) e do Chega.
Ainda antes de apresentar a proposta, o presidente do município, Silvino Lúcio (PS), alertou que a eventual descontinuidade de programas estruturais como o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) pode “exigir ajustes nos planos do município bem como a necessidade de cumprir compromissos com a descentralização de competências na Saúde, Acção Social e Educação que podem gerar custos inesperados”. Segundo o autarca, o crescimento do orçamento municipal está sobretudo relacionado com dois empréstimos bancários para as empreitadas de alargamento do cemitério de Aveiras de Cima e de pavimentações. Os projectos relacionados com a Estratégia Local de Habitação, sublinhou, também têm “peso elevado neste orçamento”.
Entre as obras previstas estão as requalificações da Escola Secundária de Azambuja, Escola Básica de Azambuja e Escola Básica de Aveiras de Cima; a construção da Escola Básica e Jardim-de-infância de Vale do Paraíso; Estratégia Local de Habitação; construção do novo posto GNR de Aveiras de Cima; construção de duas rotundas na Estrada Nacional 3, entre outras empreitadas.

Oposição não se revê no orçamento
Do lado da oposição, a vereadora do Chega, Inês Louro, lamentou que apesar do “incremento de mais receita” não haja por parte dos socialistas “opções diferentes” das tomadas em anos anteriores. Inês Louro, que já foi presidente da Junta de Azambuja eleita pelo PS, criticou o executivo socialista por se dar “ao luxo de adjudicar meio milhão” à realização da Feira de Maio (489.300 euros), evento que dura cinco dias. Esse evento, salientou, recebe verba superior à prevista para a Saúde e Intervenção Social (482.365 euros) durante o ano inteiro.
“Na perspectiva do Chega deveríamos ir à procura daquilo que são as necessidades primárias porque neste momento vive-se com falta de qualidade de vida no concelho de Azambuja, nomeadamente ao nível dos cuidados [de saúde] primários”, disse, defendendo o alargamento do projecto da Bata Branca a outras freguesias. Relativamente a este projecto que tem garantido consultas em Azambuja e Aveiras de Cima a quem não tem médico de família atribuído, Silvino Lúcio garantiu que a intenção é mantê-lo e alargá-lo às restantes freguesias.
Por sua vez, o vereador Rui Corça (PSD) acusou os socialistas de terem elaborado um orçamento “eleitoralista” e que cresce quase um terço à custa de fontes de financiamento como empréstimos e fundos comunitários, acrescentando que Azambuja é “um concelho débil onde a actividade económica gera emprego pouco qualificado e mal pago”.

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