Autarca de Alhandra escreve a director nacional da PSP criticando fim do policiamento
Mário Cantiga juntou a sua voz aos protestos que se têm ouvido pela recente decisão do comando da PSP de Alverca de retirar três agentes do patrulhamento de proximidade e escreveu carta enfurecida ao director nacional da polícia dizendo que a medida contribuiu para o descrédito daquela força policial.
A recente decisão de retirar três agentes da Polícia de Segurança Pública (PSP) de realizar policiamento de proximidade em Alhandra, concelho de Vila Franca de Xira, veio gerar na comunidade “um sentimento geral de medo” de sair à rua ao final da tarde numa vila onde a intervenção da PSP em sensibilizar e disciplinar o estacionamento abusivo “é inexistente”.
As considerações são do presidente da União de Freguesias de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz, Mário Cantiga, que escreveu esta semana uma carta ao director nacional da PSP, superintendente Luís Ribeiro Carrilho, dando nota desse desagrado da comunidade.
“A autarquia a que presido só pode concluir que as instituições do Estado só funcionam para proteger pessoas e bens das classes sociais mais abastadas e que a decisão da PSP retirou os poucos efectivos que se viam nas ruas de Alhandra e assim contribuiu para o total descrédito da PSP”, critica o autarca, na carta a que O MIRANTE teve acesso.
Na carta a Luís Carrilho o presidente da junta vai mais longe considerando que a decisão da PSP é lamentável e “um acto de profunda e inexplicável discriminação”, lamentando que tenha sido pouco reflectida.
* Notícia desenvolvida na edição semanal de O MIRANTE