Assembleia de Freguesia de Alhandra aprova orçamento cauteloso para 2025
A Assembleia de Freguesia de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz aprovou, por maioria, o orçamento para 2025. O presidente da junta, Mário Cantiga (PS), destacou a gestão cautelosa mas a oposição criticou o baixo valor para investimento.
A Assembleia de Freguesia de Alhandra, São João dos Montes e Calhandriz aprovou um orçamento de 1 milhão e 345 mil euros para 2025. O presidente da junta, Mário Cantiga (PS), assumiu a responsabilidade de elaborar o último orçamento do mandato, uma vez que o tesoureiro estava a recuperar de um problema de saúde. No documento foram considerados os contributos dos partidos da oposição e segundo, o autarca, a gestão da junta em 2025 será cautelosa. O orçamento foi aprovado por maioria com quatro abstenções, três da CDU e uma do Bloco de Esquerda.
A autarquia vai receber mais 35 mil euros em relação a 2024, sendo que 53% das despesas são com o pessoal. Até ao final do mês de Outubro de 2024 a junta tinha arrecadado 129.500 euros de receita proveniente das rendas dos quiosques, gestão de cemitérios, licenças de ocupação da via pública, publicidade e mercado do levante.
O eleito do Bloco de Esquerda, Alexandre Café, considerou o orçamento para 2025 “miserável” com apenas 36 mil euros para investimento. “As empresas de pequena e média dimensão conseguem mais que isso, é mesmo muito pouco. Estamos nas mãos da câmara e das suas transferências e temos pouca autonomia”, disse.
O eleito do CDS-PP, Mário da Costa, lamentou os escassos recursos financeiros da freguesia mas reconheceu o esforço na cobrança de taxas. O autarca afirmou ser um orçamento pouco ambicioso e com investimentos que não foram realizados como a aposta em energia solar e tomada de medidas para evitar o desperdício de água, nomeadamente com a requalificação de bebedouros e redução da necessidade de rega nos jardins.
A Coligação Nova Geração, liderada pelo PSD, viabilizou o orçamento “de continuidade”, com o eleito Osvaldo Pires a garantir que “não ia ter uma posição de bloqueio”. A CDU considera insuficiente a verba transferida pela Câmara de Vila Franca de Xira para as necessidades da freguesia. Mário Cantiga reiterou não estar confortável com o assunto mas que falou, em sede própria, que os valores a transferir para a freguesia deviam ser maiores.