CDS ajuda socialistas e evita gestão por duodécimos na Junta de Vialonga
Orçamento da Junta de Vialonga para 2025 foi aprovado graças ao voto decisivo da eleita do CDS-PP, evitando que o PS tivesse de gerir a freguesia por duodécimos. Chega, CDU e Coligação Nova Geração votaram contra e criticaram a falta de ambição da gestão socialista.
Graças ao voto favorável da eleita do CDS-PP, Célia Duarte, o orçamento para 2025 da Junta de Freguesia de Vialonga foi aprovado. Caso a eleita votasse contra o documento o executivo socialista teria de gerir a freguesia por duodécimos, uma vez que não tem maioria no órgão deliberativo. Célia Duarte justificou que se tratou de uma decisão ponderada, a pensar nos fregueses e nos trabalhadores da junta. “Lamento que o executivo tenha seguido o caminho dos arraiais. Ponderei bem a minha votação, que não era o meu sentido de voto inicial, mas fi-lo só a pensar na população. Ao presidente reconheço que tem muita vontade mas não ambição”, referiu a autarca.
O orçamento para este ano é de cerca de um milhão e 225 mil euros, sendo que mais de 81% é para despesas com pessoal e pouco sobra para investimento. O presidente da junta, João Tremoço (PS), sublinhou que se trata de um orçamento de continuidade e que teve em conta as propostas recebidas pelos eleitos do CDS-PP e Coligação Nova Geração, sendo que CDU e Chega não fizeram chegar os seus contributos.
As Grandes Opções do Plano englobam a requalificação da Praceta Sacadura Cabral, a criação de uma bolsa de estacionamento na Quinta das Índias, a instalação de um baloiço panorâmico junto ao Moinho do Machado, a aquisição de mobiliário urbano e renovação da frota automóvel com a compra de uma carrinha comercial híbrida ou 100 por cento eléctrica. No orçamento para 2025 volta a estar inscrita a construção de um parque para cães mas até à data sem terreno definido.
Promoção do mês do teatro em Março, aquisição de um programa de gestão de cemitérios e compra de gavetões, realização de um vídeo promocional de Vialonga para apresentar no 40º aniversário de elevação a vila, projecto ruas com história, distribuição de medicamentos às pessoas carenciadas e isoladas e colocar em funcionamento o cartão +Vialonga são outros objectivos do executivo para 2025, assim como desenvolver o street basket e instalar uma mesa de ténis de mesa no Parque Urbano da Flamenga. João Tremoço admitiu que o valor para investir é reduzido mas conta com a integração do saldo de gerência no mês de Abril.
Oposição critica baixa execução e falta de ambição
O Orçamento e Grandes Opções do Plano (GOP) para 2025 mereceram os votos favoráveis dos seis eleitos do PS e da eleita do CDS-PP, recebendo votos contra do Chega, CDU e Coligação Nova Geração. Marcos Rebocho, da CDU, sublinhou que das 10 promessas eleitorais do PS só duas é que foram concretizadas: o Espaço Cidadão e duas bolsas de estacionamento. Da mesma bancada, Leonor Alves lamentou que os gastos com pessoal estejam acima do aceitável e que o executivo continue a “engordar o saldo de gerência” sem investimento numa freguesia com carências. “O executivo não resolve os problemas por incapacidade e não por falta de dinheiro”, afirmou a autarca justificando ainda a não apresentação de propostas, porque as apresentadas em 2021, 2022 e 2023 não foram acolhidas.
Para o Chega o orçamento para 2025 não passa de “palha” e por isso votou contra. Da Coligação Nova Geração, o eleito Fábio Mousinho Pinto, que é também presidente da assembleia de freguesia, disse que o orçamento é uma cópia de anos transactos e pouco ambicioso. “As pessoas estão fartas da táctica de pasmaceira durante o mandato e executar-se no último ano, perto das eleições. O PS criticou durante anos a CDU mas faz o mesmo”, rematou.