Política | 12-01-2025 21:00

Assembleia Municipal de Tomar aprova orçamento com foco na educação e habitação

Assembleia Municipal de Tomar aprova orçamento com foco na educação e habitação
Hugo Cristóvão falou de investimentos, oposição questionou milhões com rubricas no orçamento

O presidente da Câmara de Tomar destaca as obras que estão a decorrer nos sectores da educação e da habitação, assim como o apoio ao associativismo e o trabalho feito com as juntas de freguesia. A oposição criticou os milhões gastos com os recursos humanos e o excesso da rubrica “outros”.

A Assembleia Municipal de Tomar aprovou o orçamento da Câmara de Tomar para 2025. O tema foi debatido entre todos os deputados e votado. Com votos a favor do Partido Socialista (14 votos), votos contra do PSD, CDS e Chega (10 votos) e abstenção da CDU, Bloco de Esquerda e Independentes do Nordeste, o orçamento foi aprovado. O presidente da câmara, Hugo Cristóvão (PS), salientou os investimentos na educação e habitação, assim como o apoio ao associativismo. A oposição criticou o excesso de rubricas “outros” no orçamento e as despesas com os recursos humanos.
Hugo Cristóvão começou por referir que está muito comprometido com projectos e obras que estão em curso, nomeadamente na área da educação. O autarca destacou as duas obras maiores que estão a decorrer: EB2,3 Gualdim Pais e jardim-de-infância e futura creche Raul Lopes. Na área da habitação, destacou a construção de 32 fogos de habitação a custos controlados, prevista começar já em Janeiro.
Também outros projectos foram mencionados, como a requalificação da Estrada Nacional 110 e o projecto para a Avenida Maria de Lourdes Mello e Castro. A serem elaborados estão outros, como intervenções no Palácio Alvim, no Convento de São Francisco e a transformação da ala sul do Colégio Nuno Álvares para serviços municipais. Hugo Cristóvão afirmou que este é um “orçamento de continuidade”, destacando ainda o apoio ao associativismo e o trabalho feito com juntas de freguesia. O autarca reconheceu que os recursos humanos é um sector com “grande impacto” no orçamento. E terminou a sua intervenção afirmando que “há muitos anos que a saúde financeira do município não estava tão bem”.

Despesas com o pessoal são ponto crítico
Da oposição, Américo Costa, deputado do Chega, apontou as despesas com o pessoal como um “ponto crítico” do orçamento, falando ainda de “gestão insustentável com os recursos humanos”. O eleito do Chega afirmou que há “falta de transparência” com os recursos públicos, acusando ainda o executivo de não apresentar soluções para o envelhecimento da população.
Francisco Tavares, do CDS, apresentou várias críticas ao orçamento, apelidando-o de “mediocridade conformada”. Para o deputado do CDS, a actual governação limita-se a “gerir o prejuízo”, apontando ainda críticas à ausência de medidas para combater a fraca natalidade. “Caminhamos para o abismo”, afirmou, acrescentando que o orçamento apresentado “negligencia” a juventude, referindo ainda que os milhões alocados à rubrica “outros” são “inacreditáveis”.
Já Bruno Graça, da CDU, considerou que o orçamento demonstra falta de ambição para o concelho. “Esperávamos ver os milhões gastos noutras obras mais importantes”, sublinhou. Paulo Mendes, do Bloco de Esquerda, destacou o “pouco investimento” para a saúde, considerando também que o orçamento é pouco claro e de difícil leitura.

“Um orçamento do país das maravilhas”
A bancada do PSD criticou o excesso de rubricas “outros” presentes no orçamento. “Não sabemos o que significa”, disseram, acrescentando que os tomarenses merecem que o orçamento seja mais claro. Ao nível da juventude, consideraram que é necessário criar condições para atrair população activa. Apelaram ainda para que haja um empenho na criação de condições para os empresários se poderem fixar na cidade. O deputado Ricardo Carlos afirmou que o orçamento é cada vez mais fantasioso. “É um orçamento do país das maravilhas”, disse.
A defender o orçamento esteve o deputado do Partido Socialista Diogo Sereno, que considerou o orçamento “bom para Tomar” e que, na habitação, “certamente fará história”. Apontou ainda outros elogios, como a “aposta clara” no desenvolvimento urbano e o “compromisso com a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos”. O presidente da câmara, Hugo Cristóvão, voltou a intervir no final dos discursos, reconhecendo que “há problemas”, garantindo, no entanto, que “há cada vez mais pessoas a querer viver em Tomar”. Hugo Cristóvão foi mais longe afirmando: “não há um ano da actual governação que tenha tido menor taxa de execução que todos os anos anteriores” e que a evolução económica do concelho tem sido “claramente positiva”.

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