Política | 18-01-2025 15:00

Nova escola do Entroncamento vai custar 6,2 milhões e divide autarcas

Nova escola do Entroncamento vai custar 6,2 milhões e divide autarcas
Oposição fala em falta de transparência no processo. Presidente da câmara do Entroncamento realça importância da obra que vai permitir dar resposta ao aumento da população escolar

Construção da Escola Básica Sophia de Mello Breyner Andresen vai custar 6,2 milhões de euros. Oposição à maioria socialista no Entroncamento diz que processo se desenrolou sem transparência e colocam dúvidas em relação ao processo de contratação da empresa que realizou projecto.

A Câmara Municipal do Entroncamento aprovou o anteprojecto e o valor da estimativa orçamental, de 6,2 milhões de euros para a construção da Escola Básica Sophia de Mello Breyner Andresen. O projecto da nova escola decorre na sequência de um relatório ter apontado falhas estruturais no Jardim de Infância Sophia de Mello Breyner Andresen, que albergava cerca de 120 crianças e que, em 2021, teve de transferir seis turmas para três outras escolas do concelho por questões de segurança. Em causa estava um relatório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC) que referia que “a condição estrutural do edifício não oferece condições de segurança” e que o encerramento do espaço decorre do “risco de poder colapsar”, tendo feito notar que o estabelecimento de ensino pré-escolar era “relativamente recente”, cujo processo de concepção, projecto e construção decorreu entre 2005 e 2007.
Por isso, para Rui Madeira, vereador do PSD no executivo camarário, desde o início do anúncio da demolição do jardim-de-infância que o processo tem sido conduzido com pouca transparência. “É uma falta de transparência gritante que a mesma empresa que não foi capaz de afirmar, conclusivamente, se era mais barata a opção de demolição/reconstrução ou opção de reabilitação para o edifício em causa, ser a mesma empresa que faz o anteprojecto para o edifício escolar, sendo paga por ajuste directo. Por esta razão, a empresa devia-se ter negado a fazer o anteprojecto pois é uma atitude reprovável eticamente e mais uma vez o PS não foi leal neste processo (…)”, disse, acrescentando que não se percebe a discrepância entre 3,5 milhões apresentados no caderno de encargos e os 6,197 milhões apresentados pela empresa no anteprojecto para construção do edifício.
Já o vereador Luís Forinho, eleito pelo Chega, agora independente, o executivo de maioria socialista “nunca teve interesse em resolver este assunto nem nunca foram lá verificar o estado das paredes”, acusando o presidente Jorge Faria de agir com falta de transparência durante este processo.
Através de um comunicado, o presidente da câmara municipal destacou a importância da obra que vai permitir dar resposta ao aumento da população escolar em condições condignas. A proposta do anteprojecto e de estimativa orçamental foi aprovada com os votos a favor dos três eleitos pelo PS, a abstenção dos três eleitos pelo PSD e o voto contra do vereador Luís Forinho. Segundo o município, a estimativa orçamental apresentada “teve por base a integração neste estabelecimento escolar de dois níveis de ensino, pré-escolar e 1º ciclo, e o estudo final obtido, após avaliação das necessidades para o projecto agora em elaboração”. O anteprojecto inclui a ampliação do número de salas, ginásio e apoio de balneários, um campo de jogos exterior e equipamentos infantis, a par de uma biblioteca e sala de recursos. Prevê ainda a ampliação das áreas de apoio, nomeadamente “refeitório, sala polivalente, sala de ciências, instalações sanitárias, sala de professores, sala de assistentes operacionais e áreas administrativas”, o que se “materializou na ampliação da área de implantação e construção e áreas de apoio cobertas”.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1702
    05-02-2025
    Capa Médio Tejo
    Edição nº 1702
    05-02-2025
    Capa Lezíria Tejo
    Edição nº 1702
    05-02-2025
    Capa Vale Tejo