Política | 22-01-2025 16:16

Bloco de Esquerda acusa Câmara de Torres Novas de “subserviência” à Renova

Bloco de Esquerda acusa Câmara de Torres Novas de “subserviência” à Renova
foto dr

Concelhia do BE critica protocolo em que o município se compromete a utilizar produtos da Renova para ofertas institucionais e defende mais justiça e transparência na promoção da economia local.

A concelhia do Bloco de Esquerda de Torres Novas acusou a Câmara Municipal de Torres Novas de “subserviência” em relação à Renova, empresa privada de produção e comercialização de artigos em papel sediada naquele concelho, e considerou que a autarquia se deve “envergonhar”. Em causa está a recente aprovação pelo executivo camarário, com os votos favoráveis da maioria socialista e do PSD, da proposta em que o município se compromete a “utilizar produtos da Renova para ofertas institucionais e hospitalidades, bem como a identificar a empresa como mecenas em iniciativas de promoção do território, concedendo-lhe ainda benefícios fiscais significativos”.

Para o BE “este protocolo não apenas ignora o apoio necessário a outros produtores locais que enfrentam dificuldades, como evidencia uma postura de favoritismo em relação a uma empresa que tem sido alvo de contestáveis práticas ambientais”, entre outras a contestada vedação da nascente do rio Almonda que impede “o livre acesso à população e ao património natural”. Além disso, lê-se no comunicado enviado à redação de O MIRANTE, “a construção da estrada que liga as duas fábricas da empresa, financiada com recursos públicos e sem qualquer contrapartida financeira, é mais um exemplo de como esta empresa beneficia sistematicamente do apoio da câmara municipal”.

No mesmo comunicado o Bloco de Esquerda entende que a posição do presidente do município, Pedro Ferreira, ao ter afirmado durante a apreciação da proposta que é preciso “separar as águas” em relação à Renova, “é incompreensível e desrespeitosa para com os munícipes que assistem à protecção dos interesses desta empresa em detrimento dos bens comuns”.

“Não se trata apenas de uma questão de transparência; trata-se de garantir que os recursos e as iniciativas municipais sejam direccionados para beneficiar a população e não para conceder vantagens fiscais e publicitárias a uma multinacional”, defende o BE, questionando o motivo de o município, que deve “promover a economia local de forma justa, transparente e inclusiva”, “não optar por produtos de pequenos e médios produtores locais”.

Mais Notícias

    A carregar...
    Logo: Mirante TV
    mais vídeos
    mais fotogalerias

    Edição Semanal

    Edição nº 1700
    22-01-2025
    Capa Médio Tejo
    Edição nº 1700
    22-01-2025
    Capa Lezíria Tejo
    Edição nº 1700
    22-01-2025
    Capa Vale Tejo