Política | 25-01-2025 07:00
Autarcas do Médio Tejo preocupados com deslocalização de aeronave de combate a fogos
Aeronave de combate a fogos vai sair do Centro de Meios Aéreos do Sardoal e autarcas da comunidade intermunicipal consideram que medida fragiliza os concelhos.
Os autarcas da Comunidade Intermunicipal (CIM) do Médio Tejo manifestaram preocupação com a anunciada “descontinuidade” de uma aeronave em permanência no Centro de Meios Aéreos do Sardoal, salientando que o combate inicial aos incêndios fica “fragilizado”. Em comunicado, a CIM Médio Tejo, entidade com sede em Tomar e que agrega 11 municípios do distrito de Santarém, realça que, “pela sua localização”, o Centro de Meios Aéreos de Sardoal “tem-se revelado como estratégico ao longo dos anos em que está operacional”, como resposta eficaz ao combate aos incêndios.
“Desde 2017, com a disponibilidade anual permanente, [o Centro de Meios Aéreos] permitiu ao dispositivo de combate a incêndios rurais responder com mais eficácia, nomeadamente nas fases com menos meios afectos, sendo fundamental não apenas para a região do Médio Tejo, mas para toda uma área incluída num raio de 40 quilómetros partindo do Sardoal”, salienta a CIM.
No comunicado, que resulta da reunião ordinária do conselho intermunicipal e em que uma das matérias em análise foi o Centro de Meios Aéreos do Sardoal, a CIM Médio Tejo salienta que “esta permanência evidenciava uma estratégia e compromisso de todos os patamares do sistema no combate” aos incêndios rurais. “Com a descontinuidade deste meio em permanência, o combate inicial fica fragilizado e ainda que nos últimos anos não se tenham registado incêndios de grande dimensão nesta região, entre Outubro e Maio existiram dias com perigo de incêndio ‘máximo’ e ‘muito elevado’”, é referido na nota.
Segundo a CIM, “com o actual posicionamento de meios aéreos permanentes em Arcos de Valdevez, Santa Comba Dão e Loulé, fica toda a região [do Médio Tejo] desprovida de qualquer meio aéreo de combate”. Além disso, indica, acresce o facto de “não ser previsível a alocação de qualquer meio aéreo antes de 1 de Março em Proença-a-Nova (meio de asa fixa, ou seja, um avião que no combate inicial não substitui os helicópteros) e 15 de Maio em Cernache” do Bonjardim (Sertã).
Os autarcas do Médio Tejo deliberaram, por unanimidade, “manifestar estas preocupações" junto do secretário de Estado da Protecção Civil e do presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, “solicitando-lhes que fosse retomado o Centro de Meios Aéreos do Sardoal”.
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