Política | 25-01-2025 15:00

São necessários mais 700 mil euros para remover resíduos perigosos da Fabrióleo

São necessários mais 700 mil euros para remover resíduos perigosos da Fabrióleo
Presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira, diz ser urgente continuar com a operação de remoção de resíduos da antiga fábrica

O presidente da Câmara de Torres Novas diz que é urgente continuar os trabalhos de remoção do passivo ambiental deixado pela Fabrióleo em Carreiro da Areia. E vai pedir reunião de urgência à Agência Portuguesa do Ambiente em busca de mais financiamento.

O presidente da Câmara de Torres Novas, Pedro Ferreira (PS), pediu uma reunião urgente ao presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado, no sentido de o sensibilizar para a necessidade de reforçar o financiamento e permitir a continuidade da remoção dos resíduos perigosos existentes na Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais (ETARI) da antiga fábrica Fabrióleo.
A O MIRANTE, o autarca socialista adiantou que a reunião, ainda sem data marcada, tem como objectivo discutir valores para a retoma da acção que, acrescentou, deverão rondar os 700 mil euros. “É muito dinheiro que ainda é preciso e é urgente continuar”, afirmou, sublinhando que a Câmara de Torres Novas tomou conta dos trabalhos de remoção do passivo ambiental deixado pela antiga fábrica de óleos usados, a pedido da APA.
“Fomos barriga de aluguer e não nos importamos de continuar a ser, a bem do concelho”, disse, vincando que para resolver o problema de vez é preciso mais dinheiro. Pedro Ferreira avançou ainda que os proprietários do terreno onde funcionou a Fabrióleo - que curiosamente são os ex-donos da fábrica situada em Carreiro da Areia -, já lhe transmitiram que “não põem obstáculos a que se fizesse essa operação” de remoção e desmantelamento da ETARI.
A operação de remoção, recolha, transporte e tratamento de resíduos perigosos da Fabrióleo está parada desde Novembro do ano passado, depois de ter sido esgotada a verba de 745 mil euros disponibilizada pela APA, através do Fundo Ambiental, sem que os trabalhos tenham ficado concluídos. Em causa estiveram as medições feitas pela APA para apurar a quantidade de passivo ambiental a remover que, afinal, se revelaram erradas, com a quantidade de resíduos a ser superior ao calculado.
Nos primeiros dias do ano, tal como O MIRANTE noticiou, o leito da Ribeira da Boa Água, junto à antiga Fabrióleo, voltou a apresentar sinais de poluição, nomeadamente lamas acinzentadas, provenientes de escorrências das lagoas da antiga fábrica de óleos usados. A denúncia foi feita pelo movimento Basta, que captou imagens a comprovar os focos de poluição, após uma visita de alguns dos seus elementos à ETARI da Fabrióleo.

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